Maria José Nogueira Pinto faz-nos falta na luta pela dignidade humana, diz Marcelo

O Presidente da República evocou hoje a antiga deputada Maria José Nogueira Pinto, considerando que faz falta a Portugal nas lutas pela dignidade humana, pela vida, pelo direito à saúde e pela liberdade na educação.

Marcelo Rebelo de Sousa prestou homenagem à antiga líder parlamentar do CDS-PP durante a cerimónia de entrega de um prémio que tem o seu nome e que distingue projetos de “responsabilidade social ativa”, na Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa.

“Que falta nos faz Maria José Nogueira Pinto. Que falta nos faz nas lutas pela dignidade da pessoa humana, pela vida, pela diferença, pela liberdade de se ser politicamente incorreto. Que falta nos faz nos combates pelo direito à saúde, à liberdade na educação, à segurança social”, declarou o chefe de Estado.

Nesta entrega do Prémio Maria José Nogueira Pinto estavam presentes o seu marido, o politólogo Jaime Nogueira Pinto, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, o ministro da Saúde, Adalberto Campo Fernandes, o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e a mulher do anterior Presidente da República, Maria Cavaco Silva, entre outros.

“Que falta nos faz na defesa da independência perante os poderes, todos eles, económicos, políticos, sociais, comunicacionais. Que falta nos faz no primado da razão, na riqueza do argumento, na civilidade do debate. Que falta nos faz no primor da sensibilidade pessoal e social, no rigor da lealdade, na constância da amizade”, prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República referiu que já se passaram “quase sete anos” sem Maria José Nogueira Pinto, antiga deputada eleita pelo CDS-PP e mais tarde como independente nas listas do PSD, que morreu no dia 06 de julho de 2011, aos 59 anos.

“Cada dia que passa mais e mais sentimos a sua falta. Sentimos nós todos, portugueses, não apenas um grupo, uma área, um quadrante”, afirmou, “porque sem ela a nossa discussão de ideias ficou mais vazia, porque sem ela a nossa democracia ficou mais limitada, porque sem ela Portugal ficou mais pobre”.

No final do seu curto discurso, o chefe de Estado, católico praticante, acrescentou: “Acreditamos alguns de nós que da eternidade onde se encontra pode iluminar os nossos passos”.

No seu entender, “mesmo os que não creem em eternidade” acreditam “que o seu exemplo, longe de se apagar, só avulta neste tempo e para além dele”.

“É simples o que Maria José Nogueira Pinto de nós exige. Que tudo façamos, cada qual por si e como todo coletivo, para manter vivo o seu legado: honrar a pátria, dignificar a democracia, respeitar as pessoas e a pessoa, construir sempre a vida, alimentar a esperança, dar força ao amor”, concluiu.

Lusa

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