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Maria Callas, 90.º aniversário: Google doodle lembra a cantora lírica

{loadposition inline}Um doodle homenageia Maria Callas, no 90.º aniversário da cantora lírica norte-americana de ascendência grega, que nasceu a 2 de dezembro de 1923. Detentora de uma voz única, que serve de pilar da história da ópera, Maria Callas viria a morrer em Paris, com apenas 53 anos e muito longe das luzes da ribalta.

Maria Callas nasceu em Nova Iorque, no dia 2 de dezembro de 1923, batizada com o nome Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou. Cumpriria nesta segunda-feira 90 anos. A efeméride é lembrada pelo Google, que recorre à arte dos seus doodles para lembrar as grandes personalidades mundiais, que deixaram uma marca nas Artes, na Política, nas ciências e noutras áreas.

Começou a destacar-se no campo lírico em 1948, graças a uma interpretação, na cidade italiana de Florença, da ópera ‘Norma’, de Bellini. No entanto, a explosão da sua carreira dá-se comente em 1949, quando a cantora lírica deixa a crítica e o público rendidos ao seu talento, alternando, na mesma semana, récitas de Bellini e de Wagner. Callas foi substituir o nome que estava destacado para aquelas óperas e surpreendeu, pela sua capacidade vocal e capacidade de transmitir, pela voz, emoções.

A partir da década de 50, as mais destacadas salas de ópera começam a ser palco recorrente de Maria Callas, já com o mundo a seus pés. Callas foi apelidada de a maior celebridade da ópera no século XX e também a maior soprano de todos os tempos. Cantou Verdi, Puccini, Bellini, Donizetti, entre muitos outros nomes também eles para sempre vivos.

A cantora lembrada hoje pela Google, com um doodle que marca os 90 anos do seu nascimento, foi contemporânea de Renata Tebaldi, uma soprano lírico italiana, apelidada de umas das grandes da ópera europeia e uma das melhores sopranos de todos os tempos.

As rivalidades entre Tebaldi e Callas foram públicas e permitiram a Callas, muitas vezes, grande destaque na imprensa. Mas não foi o mediatismo e essas polémicas que a eternizaram, ainda que a crítica se dedicasse ao contraponto entre Tebaldi e Callas, numa discussão surda, frívola, quando comparada com as forças destas duas vozes.

Em meados de 1960, dá-se o declínio de Maria Callas, cuja voz começa a apresentar-se abaixo da classe que habituara o mundo da música. Reduz as participações em óperas completas e limita a carreira a recitais e poucas apresentações públicas.

Maria Callas decide abandonar os palcos em 1965. A razão desta ‘despedida precoce’ é Aristóteles Onassis, magnata grego por quem se apaixonara. Onassis prendeu o coração de Callas e a cantora encontra no amor a sua razão de vida.

Associa-se a Callas um desequilíbrio emocional, que também está na origem do afastamento das luzes da ribalta. A cantora deixa de ensaiar, de cantar em público, e passa a ser presença assídua em festas, onde surgia a beber. Em voz baixa, dizia-se que Maria Callas já perdera a capacidade vocal e que o fim da carreira era uma fatalidade.

No entanto, apesar de ser também famosa por razões que se prendem com a vida pessoal, o legado Maria Callas mais duradouro é sem dúvida um novo estilo de atuação nas produções de ópera, associado à raridade e ao caráter distinto do seu tipo de voz.

Graças a Maria Callas, muitas óperas esquecidas no tempo foram recuperadas e eternizadas na sua voz. A 16 de setembro de 1977, Maria cala-se para sempre, com apenas 53 anos. Hoje, no dia em que completaria 90 anos, a cantora é recordada com um google doodle que assinala essa efeméride.

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