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Manifestação contra maus tratos de sáude do norte de Moçambique acaba com detidos e gás lacrimogéneo

Uma manifestação no sábado contra mortes de grávidas que a população acredita estarem relacionadas com mau atendimento médico no Hospital Provincial de Lichinga, norte de Moçambique, acabou com detidos e dispersada pela polícia, com recurso a gás lacrimogéneo.

Em declarações à Lusa, o porta-voz do comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Niassa, cuja capital é Lichinga, Alves Mathe, disse que a corporação deteve temporariamente alguns manifestantes e dispersou a marcha, porque a mesma era ilegal.

“A manifestação é um direito que está na nossa lei, mas deve ser feita mediante uma comunicação às autoridades e aquela de sábado não foi comunicada”, declarou Alves Mathe.

Um dos mentores da manifestação, que pediu para não ser identificado, afirmou que a ação de sábado foi comunicada às autoridades, considerando ilegal a atuação das autoridades

“Tenho garantias de que a manifestação foi comunicada à polícia e ao governo do município de Lichinga, temos até fotografias da comunicação”, afirmou.

A fonte disse que a manifestação visava expressar repúdio por sucessivas mortes de grávidas na maternidade do Hospital Provincial de Lichinga, a última das quais de uma grávida docente da Universidade Pedagógica, que se deu na terça-feira da semana passada.

“O que se passa ali naquele hospital é demais e nós sentimos que não podíamos ficar de braços cruzados”, afirmou.

Mais de dez manifestantes foram detidos pela polícia, mas acabaram libertados poucas horas depois.

A maioria dos marchantes eram estudantes do ensino superior.

Segundo os manifestantes, a polícia dispersou a marcha cerca de 40 minutos depois de ter iniciado, quando os populares se encontravam na rotunda da catedral da Igreja Católica local e se encaminhavam para a maternidade, no âmbito do protesto.

A marcha arrancou as 9:00 de sábado (8:00 de Lisboa).

O Ministério da Saúde emitiu um comunicado de imprensa dando conta do envio do Inspetor Geral da Saúde e de três médicos, incluindo um perito legista, para averiguarem as causas das mortes.

A referida equipa está no Hospital Provincial de Lichinga a trabalhar desde sábado.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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