Malária: OMS quer “acabar” definitivamente com a doença

Ontem, ao assinalar o Dia Mundial da Malária, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou aos governos para não cortarem nos fundos para o combate a uma doença que ameaça metade da população mundial. A erradicação da malária é possível

De acordo com a Estratégia Técnica Global para a Malária, aprovada pela OMS em maio de 2015, há 21 países, incluindo Cabo Verde e Timor Leste, que estão em posição de eliminar a malária nos próximos cinco anos.

Trata-se de um avanço face aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, que apontava para o fim da doença em pelo menos dez países até 2020, mas não há motivo para celebrar quando a malária ainda mata uma criança a cada dois minutos.

Com um artigo publicado no The Lancet, a OMS alertou que será impossível “acabar com a malária de uma vez por todas” se os governos continuarem a cortar nos orçamentos destinados à erradicação da doença.

Entre as boas notícias temos São Tomé e Príncipe, que deve eliminar a malária até 2025, embora possa entrar no lote de 2020 se houver financiamento adequado e vontade política, como frisa o relatório da OMS.

O documento aponta Cabo Verde como o único país lusófono na fase de pré-eliminação da malária, desde 2010, e uma redução substancial na incidência da doença em Timor-Leste.

Os outros países em vias de alcançarem a eliminação da malária em 2020 são a Argélia, o Botsuana, Comores, África do Sul e Suazilândia, em África; Belize, Costa Rica, Equador, El Salvador, México, Paraguai e Suriname, nas Américas; Irão e Arábia Saudita, na região do Mediterrâneo Oriental; Butão e Nepal, na região do Sudeste asiático, e China, Malásia e Coreia do Sul, na região do Pacífico ocidental.

A malária é provocada por um parasita do género Plasmodium, que é transmitido aos seres humanos através da picada de uma fêmea do mosquito Anopheles.

Existem várias espécies, mas o Plasmodium falciparum é o mais perigoso para os humanos e o mais prevalente em África, onde se concentram 90 por cento das mortes pela doença.

Os primeiros sintomas da malária são febre, dores de cabeça e vómitos e aparecem entre 10 e 15 dias depois da picada do mosquito, mas se não for tratada, a malária por P. falciparum pode progredir para uma fase grave e acabar por matar.

O combate à doença passa por uma diversidade de estratégias, que passam pela prevenção, através do uso de redes mosquiteiras impregnadas de inseticida e pulverização do domicílio, assim como pelo diagnóstico e tratamento dos casos confirmados com medicamentos anti-maláricos.

Ainda não existe qualquer vacina para a malária.

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Etiquetas: MaláriaOMS

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