Mais de um milhar de polícias estão hoje à tarde a manifestar-se em Lisboa para mostrar a sua indignação, considerando que estão a ser ignorados pelo Governo, num protesto organizado por 11 sindicatos da PSP.
A manifestação, que saiu cerca das 18:30 da Direção Nacional da PSP, na Penha de França, vai seguir a pé para o Ministério da Administração Interna (MAI), na Praça do Comércio.
Os polícias apresentam-se no protesto à civil e não fardados, como inicialmente tinham anunciado, depois de o Tribunal Administrativo de Lisboa ter decidido que o uso da farda em manifestações era ilegal.
O presidente do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol), Armando Ferreira, disse à agência Lusa que a proibição do uso da farda vai fazer do protesto, “em vez de uma manifestação silenciosa, uma manifestação bem ruidosa e cheia de mensagens de protesto”.
Armando Ferreira adiantou que os polícias estão “a ser ignorados pelo Governo” e “não têm ninguém que os defenda”.
Também o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), Mário Andrade, afirmou que a proibição do uso da farda “não tira força à manifestação” e “dá mais sentido de revolta e de união”.
O presidente do Sindicato Nacional da Carreira dos Chefes da PSP, Carlos Meireles, considerou que a proibição do uso da farda “mobilizou ainda mais os polícias”.
Carlos Meireles adiantou que os polícias “não deram pela existência do ministro da Administração Interna” e que o diretor nacional da PSP “tem que olhar pelos seus homens”.
A manifestação, sem bandeiras, é encabeçada por duas faixas empunhadas por polícias, numa das quais se questiona: “Polícias, quem nos defende…?”.
Na outra faixa estão escritas as três principais reivindicações dos polícias, que são a recuperação dos 12 anos de congelamento das carreiras, entre 2005 e 2017, um regime de aposentação e pré-aposentação adequado à profissão policial e o subsídio de risco.
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