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Maçonaria tem de falar contra o “capitalismo opressivo”, diz António Arnaut

O antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano não entende o silêncio da maçonaria perante o “drama social que estamos a viver”. António Arnaut defende que as ordens maçónicas devem “realmente intervir” contra “este capitalismo opressivo”.

António Arnaut não entende os motivos que levam os maçónicos a “ficar calados” enquanto Portugal vive um “drama social”. O ‘pai’ do Serviço Nacional de Saúde, que em tempos foi grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), pretende que a maçonaria recuse o papel de “cúmplice” e se manifeste publicamente contra “este capitalismo opressivo”.

“Todos aqueles que sentem o povo e a Pátria não podem ficar calados, sob pena de serem cúmplices do drama social que estamos a viver”, defendeu António Arnaut, quando estava a ser entrevistado pela Lusa a propósito da apresentação de dois livros.

O GOL “devia realmente intervir” e condenar publicamente “este capitalismo opressivo”, tal como as restantes ordens maçónicas.  “A maçonaria devia ter dito aquilo que disse o Papa Francisco: o neoliberalismo faz os fortes mais fortes, os fracos mais fracos e os excluídos mais excluídos”, complementou.

Para o advogado e escritor, “trata-se de uma intervenção no plano dos direitos humanos, da dignidade do homem e da própria defesa da identidade e da soberania da Pátria”, mas a maçonaria tem abdicado desse papel: “devia ter uma palavra e tem estado calada. Devia fazer alguma coisa. Devia realmente utilizar os instrumentos do ofício: a régua e o esquadro, que significam a retidão e a justiça, e o compasso, que significa o livre pensamento e a liberdade”.

“Chegámos a este ponto mais por culpa dos socialistas, dos social-democratas e democratas-cristãos do que propriamente dos neoliberais”, acusou o ex-grão-mestre, que denunciou “os que passaram para o neoliberalismo, que se venderam”, como aconteceu os antigos governantes Tony Blair (Reino Unido) e Gerhard Schroeder (Alemanha), “que hoje são administradores de grandes empresas”.

Estas são algumas das ideias de “Iluminuras – Adágios, incisões e reflexões”, o livro de António Arnaut que, a par do “Alfabeto íntimo e outros poemas”, será apresentado às 15h00 de sábado na Casa Municipal da Cultura de Coimbra.

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