A 15 de fevereiro de 1940, Iris Cridge deu à luz uma menina, Dorothy. Para surpresa da mãe e dos médicos, havia mais alguém que também queria nascer.
Kenny não viu a luz do dia porque estava morto. Por sorte, os médicos não desistiram do nado-morto e conseguiram trazê-lo à vida.
Só que as surpresas estavam longe do fim. Kenny Cridge tinha a síndrome de Down, num ano em que a esperança de vida para pessoas com essa condição se resumia a 12 anos.
Tinha, não: tem. No passado dia 15, o homem festejou o 76.º aniversário e renovou o recorde que o Guinnesse lhe atribui desde 2008: é a pessoa com Down mais velha do mundo.
Com a ajuda da família de amigos, Kenny Cridge viu morrer a irmã gémea, Dorothy, e um outro irmão.
Há três anos, o idoso mudou-se para o lar Wisteria House em Yeovil, no Somerset (Inglaterra), onde todos os dias lê o jornal, toca harmónica e convive com os outros utentes.
“Para muitos, esta marca parece não ter sentido, mas para o Kenny é mais um feito notável. Ele é uma alegria, está quase sempre a sorrir e até quando vai para a cama ou acorda tem um sorriso. Apesar de ter algumas limitações na comunicação verbal, ele adora conversar e tem um grande sentido de humor”, elogiou a Ann Nicholson, a diretora do lar.
“É um ‘gentleman’ (cavalheiro) e um ‘gentle man’ (homem gentil)”, gracejou a responsável.
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