O Instituto de Defesa Nacional (IDN) quer promover um inquérito nacional para avaliar o “estado da relação” entre os portugueses e a Defesa e Segurança, avaliando ainda as atitudes perante as instituições e valores militares.
“Queremos medir o estado da relação da sociedade com as instituições de segurança e defesa, com as questões de segurança e defesa e com as prioridades da defesa e portanto esse é um instrumento de produção de conhecimento que vai apoiar a ação política”, anunciou a diretora do IDN, em entrevista à Agência Lusa.
O inquérito nacional, cujo conteúdo ainda não está fechado, será realizado em parceria com uma universidade e um centro de investigação científica, adiantou Helena Carreiras, que tomou posse em julho como diretora do IDN.
O estudo pretende “perceber quais são as ameaças, os receios e preocupações dos portugueses do ponto de vista da sua segurança” e as “atitudes perante questões como o seu nacionalismo, patriotismo ou valores nestas áreas” e ainda perante as “instituições militares e missões das Forças Armadas”.
Não será o primeiro inquérito nacional, sublinhou Helena Carreiras, lembrando os estudos dirigidos no passado pela investigadora Maria Carrilho, o último dos quais em 2009, mas o “grande projeto” é garantir que haja uma regularidade neste tipo de inquéritos, para produção de conhecimento sistemático e apoio à ação política.
A investigadora e académica Helena Carreiras, a primeira mulher a dirigir o IDN, especializada em sociologia militar e em questões de Defesa, disse haver um “paradoxo” na relação entre os cidadãos e as instituições e matérias de Defesa.
Por um lado, os estudos disponíveis mostram que os cidadãos confiam nas suas instituições militares e de Defesa, existindo contudo um “afastamento” ao nível do interesse que demonstram nos temas, que acabam por ficar numa “esfera de especialistas”.
Por outro lado, “a distância e o desinteresse” são também “motivados por boas razões”, podendo significar que as pessoas não se sentem ameaçadas: “É o paradoxo das próprias instituições de defesa, têm de trabalhar para a produção e a garantia da paz da segurança e da estabilidade e esse é um trabalho pouco visível, tornam-se visíveis quando têm de atuar”.
Um dos “grandes desafios” do IDN, disse, é “procurar que estes temas passem a ser mais conhecidos”, até porque “são temas objeto de políticas públicas como outras áreas que dizem respeito à comunidade” e devem ser escrutinadas.
Para além de formações regulares na área da Defesa Nacional, o IDN tem em curso um projeto, iniciado nos anteriores mandatos, do general Vitor Viana, para a aplicação do Referencial de Educação para a Segurança, Defesa e Paz, que visa a formação de “largas dezenas de professores em todo o país”.
O Referencial é usado como base para os temas serem trabalhados em todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar, existindo já protocolos com 84 autarquias, sendo que o próximo passo será alargar os acordos a municípios dos distritos de Leiria e Coimbra.
A professora universitária Helena Carreiras sucedeu no início de julho ao general Vitor Viana na direção do Instituto da Defesa Nacional, tornando-se a primeira mulher no cargo, que já foi ocupado noutros mandatos por civis.
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