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Indiana queixa-se de violação coletiva por motivações políticas

Uma mulher apresentou queixa por ter sido violada coletivamente na própria casa. A alegada vítima, muçulmana, acredita que o ato terá sido um ‘castigo’ pelo trabalho em rol de um partido nacionalista hindu, numa altura em que decorrem eleições legislativas na Índia.

Uma indiana de 30 anos apresentou queixa na polícia por violação e acredita que o crime foi cometido por razões políticas.

De acordo com o porta-voz da polícia de Jharkhand, Anurag Gupta, a alegada vítima afirmou que um grupo de 12 homens terá invadido a residência, ontem. A filha da queixosa, de 13 anos, terá sido atacada enquanto o marido, depois de dominado e amarrado, assistiu aos atos.

A violação terá ocorrido, no entender da vítima, por motivações políticas: é que a mulher, apesar de muçulmana, tem colaborado politicamente com o Partido Bharatiya Janata (BJP), um movimento nacionalista e hindu.

“É muito difícil dizer neste momento qual foi a razão exata por trás do incidente”, disse afirmou Anurag Gupta, citado pela AFP e acrescentando que o caso está a ser investigado.

Na Índia decorrem as eleições legislativas, sendo o maior ato eleitoral do mundo. A alegada vítima faz parte de uma ala minoritária do BJP que procura aumentar a influência muçulmana dentro do partido.

O BJP, atualmente na oposição, é também o principal favorito nestas eleições. O movimento liderado por Narendra Modi, considerado um político de linha dura, tem vindo a recuperar do escândalo de 2002.

Nesse ano, o estado de Gujarat foi palco de violentos confrontos religiosos. O governador, à data, era Narendra Modi, considerado pelos analistas como o próximo primeiro-ministro indiano: os resultados devem ser conhecidos a 16 de maio.

Desses confrontos resultaram mais de 1000 mortos, na maioria muçulmanos, o que tem justificado o trabalho de militantes como a mulher que apresentou queixa por violação coletiva.

A resposta a este tipo de crimes tornou-se numa prioridade política na Índia desde que, em dezembro de 2012, uma estudante morreu após uma violação coletiva que ocorreu a bordo de um autocarro.

Redação

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