Índia: Google e Facebook obrigados a censurar conteúdos

Em causa está conteúdo considerado ofensivo para organizações ligadas à política e religião daquele país. Google foi obrigada a apagar conteúdo no Youtube e o Facebook em algumas páginas, mas não são os únicos obrigados a fazê-lo.

A questão da liberdade de expressão na Internet continua a ser um dos temas mais quentes dos últimos tempos. A proposta de lei norte-americana S.O.P.A (Stop Online Piracy Act), e toda a controvérsia que gerou e continua a gerar, é um bom exemplo disso.

Contudo, é da Índia que chegam notícias relacionadas com uma alegada censura de conteúdos na Internet. Ao todo são mais de 20 sites, mas os mais conhecidos são também os mais visados.

Google e Facebook foram obrigados por um tribunal de Nova Deli a remover conteúdo considerado ofensivo e injurioso para com organizações políticas e religiosas. A gigante do motor de busca teve de apagar informação de serviços como o Youtube ou a plataforma de blogues Blogger. Já a maior rede social do mundo foi obrigada a ‘censurar’ conteúdos de algumas páginas e perfis que, segundo os juízes, são expressamente contra valores políticos e religiosos.

Só no Facebook, estima-se que cerca de 40 milhões de indianos tenham conta criada.

O Governo da Índia justifica a decisão do tribunal afirmando que as políticas de expressão da América são completamente incompatíveis com as suas. Diga-se que já faltou mais para a rede de Zuckerberg ser bloqueada naquele país, uma decisão que não seria inédita, basta para tal ver o caso da China, onde o Facebook está ‘fechado’ aos utilizadores.

Ambos os gigantes da Internet ainda não se pronunciaram sobre este caso.

A plataforma social mais utilizada do mundo continua desta forma a ser notícia pelas piores razões. Precisamente esta terça-feira, a rede está também em destaque novamente por questões de privacidade, desta vez relacionadas com informação que é alegadamente mantida nos servidores da companhia, mesmo quando é apagada pelo utilizador e detentor da mesma. Saiba mais aqui.