Categorias: Economia

Impostos sobre o trabalho: Por cada cinco euros, portugueses pagam dois

A carga fiscal sobre o trabalho aumentou 3,54 por cento, muito acima da média de 0,2 nos países da OCDE. Para este organismo, por cada cinco euros que os portugueses ganhem a trabalhar, o Estado arrecada dois. No total, um trabalhador ‘perde’ 41,1 por cento do salário.

A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) denunciou, num relatório hoje publicado, um aumento da carga fiscal sobre o trabalho em Portugal, no decorrer do ano passado.

Nas contas desta entidade, os impostos sobre o trabalho aumentaram (em relação ao produto interno bruto), em média, 0,2 por cento nos 34 países da OCDE.

Mas, em Portugal, essa subida foi de 3,54 por cento, sustenta o relatório hoje divulgado. Por cada cinco euros que os portugueses ganhem a trabalhar, dois são para pagar impostos.

As contas referem-se a 2013, ano em que o então ministro das Finanças, Vítor Gaspar, promoveu um “enorme” aumento de impostos, nomeadamente com a diminuição dos escalões no IRS e a introdução da sobretaxa.

A nível global, a carga fiscal em Portugal aumentou para os 41,1 por cento, traçando como referência um salário de 1000 euros.

Isto significa que um trabalhador que ganhe 1000 euros entrega 411 euros ao Estado, através de impostos e de contribuições para a Segurança Social.

Foi o maior aumento registado nos países da OCDE, onde a média de 2013 se ficou pelos 35,9 por cento.

A organização acrescenta que os contribuintes solteiros foram os mais penalizados por este aumento da carga fiscal, até porque os impostos desceram (0,4 por cento) para um casal com dois filhos: a carga fiscal nestes casos foi de 29,8 por cento.

Ainda assim, Portugal é o 12.º país, entre os 34, com a carga fiscal mais elevada. Está ainda distante dos 55,8 por cento da Bélgica, seguida por três países quase nos 50 por cento: Alemanha (49,3), Áustria (49,1) e Hungria (49 por cento).

Os países da OCDE onde a carga fiscal é menor são o México (19,2 por cento), a Nova Zelândia (16,9) e o Chile, onde o Estado apenas fica com sete por cento do salário.

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