Categorias: Economia

Impostos mais baixos, a “declaração de vontade” do ministro da Economia

Os impostos estão “em níveis excessivos”. Quem o diz não é (só) a oposição, foi o próprio ministro da Economia. Pires de Lima manifestou uma “declaração de vontade”: o Governo quer, em ano de eleições legislativas, “iniciar um processo de redução da carga fiscal”.

António Pires de Lima, o ministro da Economia, reconheceu hoje que os impostos estão “em níveis excessivos”, que justificou com os “esforços temporários” aplicados durante a intervenção da troika.

O governante assumiu uma das críticas mais habituais da oposição para apresentar uma promessa: em nome de todo o executivo, Pires de Lima deixou a “declaração de vontade” de “iniciar” uma descida dos impostos em 2015, ano em que há eleições legislativas e para a Assembleia regional da Madeira (ambas em outubro).

“O que desejaria é que pudessemos iniciar um processo de redução da carga fiscal, que atinge particularmente os que vivem do seu trabalho, já a partir de 2015”, afirmou o ministro, tendo o cuidado de sublinhar que é apenas uma “declaração de vontade”, uma vez que o Governo aguarda por “clarificações que estão em cima da mesa”.

As declarações de Pires de Lima tinham por destinatário os empresários minhotos, uma vez que discursava durante a tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação Industrial do Minho.

“Qualquer aumento de impostos para além do que já temos é verdadeiramente indesejável para a nossa economia”, reconheceu o antigo presidente executivo da Unicer: “a carga fiscal já atinge níveis que são excessivos e que só podem ser compreendidos como esforços transitórios e temporários”.

Um aumento de impostos, como o que o Governo estuda perante o mais recente chumbo do Tribunal Constitucional, seria “a última coisa que a economia pede”, admitiu o ministro, referindo-se às “incertezas constitucionais” que relegaram para segundo planos os sinais de retoma económica, como o crescimento do consumo privado e o aumento das exportações.

Perante os empresários, Pires de Lima deixou ainda a promessa de aliviar as barreiras burocráticas que “infernizam a vida” das empresas, confessando que “continua a haver muita burocracia desnecessária, que precisa de ser combatida”, assim como “administrações públicas que às vezes criam dificuldades para depois aparecerem a vender facilidades”.

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