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Idosos obrigados a escolher entre comer ou tomar medicamentos devido a dificuldades económicas

Em vésperas do Dia Internacional do Idoso, que se comemora a 1 de outubro, a organização Médicos do Mundo alerta para a situação económica frágil dos idosos, que são obrigados a escolher entre a toma dos medicamentos ou fazer uma refeição. Os “cortes significativos nas pensões e no Complemento Solidário para Idosos” são a razão deste novo cenário de pobreza que afeta este grupo etário.

No próximo dia 1 comemora-se o Dia Internacional do Idoso, efeméride que a Médicos do Mundo utiliza para denunciar uma realidade difícil que afeta este grupo etário, em graves dificuldades financeiras, alguns dos quais sem rendimentos suficientes para dar resposta a necessidades básicas como a alimentação e os medicamentos.

O problema “está a acontecer mais este ano”, de acordo com declarações à Lusa da coordenadora do Médicos do Mundo, Carla Fernandes. Esta organização tem feito um trabalho no terreno para sentir o pulso dos idosos, sobretudo nas cidades de Lisboa e Porto, sendo que, em resultado da deterioração da situação económica da população idosa, há mais casos de pobreza.

“O pouco rendimento que existe, e que é do idoso, vai ter de ser dividido. Em vez de ser por dois, é dividido por cinco, porque aquele filho já traz também os netos”, salientou ainda Carla Fernandes, numa alusão ao fenómeno que leva os a população ativa desempregada a pedir ajuda aos pais, já idosos.

Há ainda casos de regresso de adultos à casa dos pais, em virtude do agravamento da situação económica das famílias. Os idosos são, assim, um porto de abrigo, muitas vezes sem capacidade de resposta.

A suspensão da toma de medicamentos acarreta, segundo alerta a Médicos do Mundo, problemas de saúde graves. As prescrições médicas, muitas vezes, não são utilizadas por carência económica e os idosos veem-se obrigados a comprar apenas os fármacos mais baratos.

“Isto, ao nível da saúde, tem as suas consequências. Não conseguimos trabalhar ao nível da prevenção, o que traz pessoas idosas mais doentes, mais custos para a sociedade, numa bola de neve”, sustenta ainda Carla Fernandes à Lusa.

A Médicos do Mundo forneceu medicamentos a 1418 idosos, apenas no ano passado. Num comunicado, a organização salienta que a “crise está a ter enorme impacto na qualidade de vida dos seniores portugueses”.

Os “cortes significativos nas pensões” e também “no Complemento Solidário para Idosos” são a razão deste novo cenário de pobreza que afeta este grupo etário.

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