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Idai: Renamo questiona falta de previsão e atraso no socorro às vítimas

A deputa moçambicana do principal partido da oposição moçambicana, Renamo, Angelina Inoque criticou hoje a falta de previsão e o atraso no socorro às vítimas do ciclone Idai, considerando que a resposta foi de “correr atrás do prejuízo”.

“A tragédia que se abateu sobre a zona centro do país é um problema de todos os moçambicanos. O mais triste é o atraso no atendimento e socorro às vítimas do ciclone. Os problemas repetem-se de ciclone em ciclone, de tragédia em tragédia, de tempestade em tempestade”, disse Angelina Inoque.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.

Moçambique foi o país mais afetado, registando até ao momento 468 mortos e 1.522 feridos, segundo as autoridades moçambicanas, que dão ainda conta de mais de 135 mil pessoas a viverem atualmente em centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira.

A deputada, que falava hoje durante uma sessão no parlamento moçambicano, em Maputo, lembrou que a chegada do ciclone era conhecida e questionou quais as medidas tomadas pelas autoridades para lhe fazer frente e minimizar os seus impactos nas populações.

“Acompanhamos o anúncio da chegada do ciclone. O que foi feito de concreto em relação aos moçambicanos nas zonas abrangidas? Como é que quem de direito se posicionou? Que meios foram alocados à espera do que já se previa? A Força Aérea onde esteve posicionada? Desde quando? Com que meios? A Marinha onde estava? Todos correram e correm atrás do prejuízo”, considerou.

Por outro lado, Angelina Inoque defendeu a necessidade de “repensar a qualidade” das vias de comunicação que são construídas no país.

“Mais vale construir 20 quilómetros de estrada que sobreviva a qualquer intempérie do que 1.000 quilómetros de estrada descartável…] Não podemos travar a passagem destes temporais, mas podemos minimizar os seus efeitos”, afirmou.

Apontando que a tragédia afetou algumas das zonas mais pobres de Moçambique, a parlamentar manifestou preocupação com a destruição e inundação das terras, num país em que grande parte da população “vive e sobrevive” da agricultura e onde 50 por cento da população vive na pobreza.

A deputada da Renamo felicitou, por outro lado, os moçambicanos pela solidariedade manifestada com os compatriotas afetados pelo ciclone e agradeceu à comunidade internacional pelo apoio na resposta de emergência à catástrofe.

Lusa

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