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Beira volta a ter água nas torneiras até sábado e campo de abrigo temporário

A cidade moçambicana da Beira, a mais afetada pela passagem do ciclone Idai, deverá voltar a ter água nas torneiras até sábado e vão ser instalados campos de alojamento temporário, disse hoje à Lusa fonte das operações de socorro.

“Os grupos de geradores que eram necessários para reiniciar o sistema de abastecimento de água já estão na cidade da Beira e, provavelmente até sábado, a população terá acesso a água nas torneiras”, referiu Cláudio Julaia, especialista de emergência da Unicef (Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas).

Aquele responsável falava hoje à Lusa, em Maputo, ao fazer um ponto de situação sobre as cheias no centro de Moçambique e operações em curso.

O número de mortos confirmados na sequência do ciclone no centro de Moçambique subiu para 217, segundo dados oficiais hoje divulgados.

Numa conferência de imprensa na Beira, o ministro da Terra e do Planeamento Territorial, Celso Correia, disse que estavam ainda em risco, na quarta-feira, cerca de 15 mil pessoas.

O governante adiantou que foram resgatadas cerca de 3.000 pessoas desde quarta-feira.

Segundo o responsável da Unicef, a implementação destes apoios “vai aliviar um pouco a assistência humanitária na cidade da Beira.

Por outro lado, a população deslocada que está em centros de trânsito – sobretudo em escolas – deverá ser organizada, por forma a gozar de melhores condições.

“Há necessidade urgente destas pessoas terem melhores condições de abrigo”, referiu Cláudio Julaia, acrescentando que as autoridades estão a procurar terrenos onde possam ser instalados campos de abrigo temporários.

“A prioridade é identificar locais seguros onde se possam instalar campos temporários para descongestionar a situação que existe nas escolas e providencia a assistência necessária”, acrescentou.

A assistência alimentar, que prevê se prevê possa chegar a 400 mil pessoas, fornece “o mínimo para assegurar a assistência de emergência”, ou seja, “para que as pessoas não passem fome”.

“Pode não ser a refeição ideal, mas essa assistência de emergência é possível garantir”, o que não sendo “perfeito”, é possível: “faz-se aquilo que se pode”, concluiu Cláudio Julaia.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou perto de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas “estão em situação de risco”.

Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.

A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na noite de 14 de março, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

Lusa

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Lusa

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