Categorias: Nas Notícias

Hong Kong mantém proibição de protesto pró-democracia no Dia Nacional da China

Hong Kong, China, 30 set 2019 (Lusa) – As autoridades de Hong Kong indeferiram hoje o recurso apresentado pelo movimento que convocara uma grande manifestação pró-democracia para esta terça-feira, quando se assinala o Dia Nacional da China, indicou à Lusa a porta-voz da organização.

A Frente Cívica de Direitos Humanos foi responsável pelas manifestações que levaram à rua, segundos dados da organização contestados pela polícia, um milhão de pessoas a 09 de junho, dois milhões a 16 de junho e 1,7 milhões a 18 de agosto, sendo que esta última havia também sido proibida pela polícia.

Apesar da proibição policial e dos avisos das autoridades de que a participação ilegal numa manifestação poderia resultar numa pena de prisão até cinco anos, a população voltou a protestar nas ruas em grande número e o dia terminou novamente a ser marcado por violentos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.

“Temos procurado promover protestos pacíficos, sempre de acordo com a lei, mas esta já é a terceira manifestação proibida. As pessoas vão acabar por ir para as ruas, seja como for, o que pode ser ainda mais perigoso”, alertou Bonnie Leung, em declarações à Lusa na sexta-feira, assim que foi conhecida a decisão de proibir a manifestação.

A razão é simples, para Bonnie Leung: “Por um lado, as pessoas vão acabar por ir à mesma para as ruas. Mas por outro, também percebemos que isto corresponde a uma estratégia das autoridades para depois terem a desculpa para efetuarem as detenções e usarem de violência para com os manifestantes”.

“Eles sabem o quão poderoso pode ser ter milhões de pessoas nas ruas e querem silenciar-nos, mas estão a falhar na tática”, concluiu.

O Governo de Hong Kong anunciou a retirada formal das emendas à polémica lei da extradição que esteve na base da contestação social desde o início de junho.

Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

A transferência de Hong Kong para a República Popular da China, em 1997, decorreu sob o princípio “um país, dois sistemas”.

Tal como acontece com Macau, para aquela região administrativa especial da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, com o Governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: ÁsiaChina

Artigos relacionados

Euro Dreams resultados de hoje: Chave do EuroDreams de segunda-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

Milhão: Onde saiu? Veja onde saiu o Milhão esta sexta-feira

Milhão: onde saiu hoje? Saiba tudo sobre o último código do Milhão de sexta-feira e…

há % dias

Números do Euromilhões: Chave de sexta-feira, 17 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…

há % dias

20 de maio, Timor-Leste liberta-se da ocupação indonésia

Hoje é dia de homenagear as vítimas timorenses, não apenas as vítimas do massacre no…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias