O caso ocorreu numa aldeia da província de Badghis, localizada no Afeganistão: um homem executou a própria filha em público, perante centenas de pessoas, depois de a jovem ter sido condenada à morte por um tribunal, pelo crime de adultério.
Segundo o jornal espanhol El Mundo, vítima, Halima, de 20 anos, era casada e tinha dois filhos, mas foi abandonada pelo marido, que escapou para o Irão.
A jovem abandonada protagonizou, então, uma fuga com um primo. Acontece que o primo voltou atrás na decisão e entregou Halima, de novo, à família.
Sem misericórdia, os familiares levaram a jovem a tribunal e o juiz aplicou a lei islâmica em casos de adultério: pena de morte para a jovem.
Na passada semana, três tiros disparados pelo pai, com uma Kalashnikov, tiraram-lhe a vida, num caso que foi denunciado pela Amnistia Internacional, que divulgou esta violação dos direitos humanos no Afeganistão, onde os direitos das mulheres são reiteradamente atropelados.
Uma ativista da Amnistia Internacional dos direitos humanos testemunhou o caso e fez a denúncia. O primo de Halima está desaparecido, sendo que, caso seja apanhado, responderá pelo mesmo crime e terá de enfrentar pena capital.
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