Há mais de 14 mil reclusos nas prisões portuguesas, o registo mais alto em 14 anos

As cadeias portuguesas têm 14.082 reclusos. Nunca, desde 1999, o ano em que as estatísticas da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais começaram a ser divulgadas, o registo foi tão elevado. A taxa de sobrelotação já atingiu os 16 por cento.

Ao todo, os 49 estabelecimentos prisionais em Portugal têm 14.082 pessoas em situação de reclusão. É o valor mais elevado desde 1999, o ano em que Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) passou a divulgar as estatísticas sobre a ocupação das cadeias. Os dados são quinzenais e esta última atualização reporta a 1 de julho.

O registo mais elevado datava de 2002, ano em que o número de presos foi de 13.918. Ao invés, o registo mais baixo ocorreu em 2008, com apenas 10.807 pessoas em situação de reclusão.

Com tantos reclusos, a taxa de sobrelotação nas cadeias portuguesas subiu para os 16 por cento, o que equivale a dizer que, em média, a lotação máxima de cada estabelecimento prisional é ultrapassada em 2005 lugares. Só este ano, o ‘saldo’ entre entradas e saídas dita um aumento da população prisional em 578 pessoas: uma subida de 4,6 por cento.

Dos 14.082 reclusos, 13.285 são homens e 797 são mulheres, indicam as estatísticas quinzenais da DGRSP. Há 2653 reclusos em prisão preventiva e 18,9 por cento dos presos são de nacionalidade estrangeira.