O primeiro-ministro confirmou hoje, em Assembleia da República, o que “já tinha informado o país”: o ministro dos Negócios Estrangeiros é, ainda, Paulo Portas, apesar de este ter apresentado um pedido de demissão “irrevogável”. “Desejava informar a câmara, do que já tinha informado o país, que não tinha aceite a demissão do senhor ministro Paulo Portas”, afirmou Pedro Passos Coelho.
A confirmação do primeiro-ministro surgiu em resposta ao Bloco de Esquerda, depois do coordenador João Semedo ter contestado que um ministro demissionário tenha encerrado, por parte do Governo, o debate sobre o Estado da Nação. Esse discurso foi o primeiro de Paulo Portas após a recente intervenção do Presidente da República, Cavaco Silva, que rejeitou a proposta de Passos Coelho para reconfigurar o Governo e converter o presidente do CDS em vice-primeiro-ministro.
“Quando a falta de dinheiro e de rigor na administração do dinheiro leva o Estado a colocar-se na dependência extrema de quem nos financia, a prioridade é concluir o período de assistência externa. Podemos ter divergências sobre o modo como fazer, mas se algo nos devia unir é o processo democrático”, disse Paulo Portas, entre apelos ao consenso político.
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