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Guterres diz que “mundo vai perder travão à guerra nuclear” com fim de tratado entre Washington e Moscovo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse hoje que “o mundo vai perder um incalculável travão à guerra nuclear” com o expirar do acordo de 1987 entre Washington e Moscovo.

Guterres disse aos jornalistas que o Tratado de Armas Nucleares de Médio Alcance (INF, na sigla em inglês) “é um marco que ajudou a estabilizar a Europa e a acabar com a Guerra Fria” acrescentando que o fim do acordo “vai incrementar e não reduzir” a ameaça sobre mísseis balísticos.

Em fevereiro, os Estados Unidos começaram a retirar-se do tratado, acusando a Rússia de estar a desenvolver mísseis que não cumprem o que estava estabelecido no pacto.

O prazo para a Rússia destruir os mísseis termina hoje.

Guterres pediu aos dois países para “evitarem os desenvolvimentos destabilizadores” e para encontrarem o caminho para um novo pacto sobre o controlo de armamento.

Por outro lado, Guterres defende que o tratado New START, o mais significativo entre Washington e Moscovo, e que termina em 2021 deve ser prolongado.

Assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachov, então Presidentes dos Estados Unidos e da antiga União Soviética, respetivamente, o tratado INF aboliu o recurso a um conjunto de mísseis de alcance (intermédio) entre os 500 e os 5 mil quilómetros e pôs fim à crise desencadeada na década de 1980 com a instalação dos SS-20 soviéticos, visando capitais ocidentais.

Em finais de outubro de 2018, o Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou a Rússia de não respeitar os termos do tratado e ameaçou então sair deste acordo histórico.

Após ultimatos, Washington acabaria por decidir sair do INF, afirmando que a Rússia tinha infringido as regras do tratado com o desenvolvimento de um novo sistema de mísseis: o novo míssil terrestre russo 9M729, capaz de transportar uma ogiva nuclear e com um alcance superior a 500 quilómetros.

Em reação, Moscovo replicou e denunciou “acusações imaginárias” por parte dos Estados Unidos para justificar a saída do acordo.

Lusa

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