As taxas de juro das dívidas públicas de Portugal, um país que teve de ser resgatado, de Espanha, onde está a ser resgatada a Banca, e de Itália, que será o objeto do próximo resgate, caíram hoje nas maturidades a dois, cinco e dez anos. Mais importante do que a (suave) descida foi, sobretudo, a pausa na tendência de subida da dívida espanhola a 10 anos, que ontem quase bateu a barreira psicológica dos sete por cento, o valor registado antes de Irlanda e Portugal apelarem ao resgate externo.
A provocar esta bonança está, para os analistas, o problema número um da Europa desde o início da crise financeira: a Grécia. Os helénicos vão a votos no domingo e todos os cenários pós-eleitorais são possíveis, pelo que ninguém quer arriscar prognósticos quanto à continuidade dos gregos no euro, nem quanto às consequências duma eventual saída da economia helénica.
Com os investidores a guardarem-se para segunda-feira, que poderá ser o dia da ‘tempestade perfeita’ para os países alvos da especulação, as sessões de hoje foram positivas para os países mais afetados pelo risco de contágio: Portugal, Espanha e Itália.
No caso nacional, a taxa com maturidades a dois e cinco anos desceu, durante a manhã, dos 9,035 e 11,675 para os 8,911 e 11,543 por cento, respetivamente. Na dívida soberana a dez anos, a taxa exigida no mercado secundário reduziu dos 10,687 para os 10,675 por cento.
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