A GoPro, empresa norte-americana que fabrica as tão famosas câmaras de filmar com o mesmo nome, não está a começar bem o ano de 2016, muito pelo contrário.
Esta semana, a companhia gerida por Nick Woodman tornou públicas perdas de quase 35 milhões de dólares nos últimos três meses de 2015.
Pode não parecer muito para uma empresa que fatura milhões. Certo é que, em relação ao mesmo período de 2014, a diferença é de 157 milhões de dólares (de 122 positivos para 35 negativos).
Uma das mais fortes e credíveis explicações é a saturação do mercado.
As câmaras GoPro sempre foram caras, é certo. No entanto, acontece com as GoPro o que acontece com os iPhone. Um utilizador que pense comprar uma câmara para captar as suas aventuras, vai querer uma GoPro.
A marca fartou-se de vender nos últimos. Mas na verdade, trata-se de um produto que apenas se compra uma vez, não contabilizando é claro a capacidade económica de alguns utilizadores que, assim como o iPhone, vão comprando sempre o último modelo.
Em causa está também a concorrência. Algumas marcas, como a Sony, abriram-se para este mercado com máquinas idênticas, a preços bastante mais aliciantes, conseguindo assim roubar cota à GoPro.
No entanto, na visão do criador e diretor-geral Nick Woodman, o problema não está propriamente na máquina, mas sim no software: “Temos de encontrar soluções de software para que seja mais fácil descarregar e editar o conteúdo”, afirmou recentemente.
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