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GOCE desintegrou-se e os poucos restos caíram “sem danos” no Atlântico

Conhecido como “Ferrari do Espaço”, o GOCE desintegrou-se ao reentrar na atmosfera. Os fragmentos deste satélite europeu que resistiram à reentrada caíram no sul do oceano Atlântico. “Como era de esperar, não têm sido reportados quaisquer danos”, salienta a AEE.

O GOCE, o satélite de fabrico europeu cujo custo (cerca de 450 milhões de dólares) levou a que fosse apelidado de “Ferrari do espaço”, caiu hoje na Terra sem provocar “quaisquer danos”. De acordo com o comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla internacional), o satélite ficou sem combustível e tornou-se no primeiro objeto a reentrar na Terra sem ser controlado em mais de 25 anos.

A elevada temperatura na órbita da reentrada – foi descendo por cima da Sibéria rumo ao Pacífico ocidental e atravessou de seguida o Índico oriental e a Antártica – levou o GOCE a desintegrar-se. Os poucos fragmentos que resistiram à reentrada, assinalada pouco depois das 0h00 de hoje, não chegam a representar um quarto dos 1100 quiloes que pesava o satélite.

“Como era de esperar, o satélite desintegrou-se na alta atmosfera e não têm sido reportados quaisquer danos”, avança a ESA, em comunicado. De acordo com a agência norte-americana, a NASA (que também monitorizou a reentrada), os fragmentos que sobraram caíram no oceano Atlântico, a sul das ilhas Malvinas (ou Falkland)

O “Ferrari”, lançado em 2009, tinha como missão realizar “a mais precisa recolha de dados do campo gravitacional terrestre já elaborada”, durante dois anos, mas o sucesso levou à extensão do prazo por mais dois anos. Ao ficar sem combustível, iria ser puxado pela gravidade terrestre, mas os cientistas da ESA descartaram os cenários catastrofistas.

“Tendo em conta que a Terra tem dois terços do seu território cobertos por água e que vastas áreas ainda são pouco populosas, o perigo para a vida ou a alguma propriedade é baixo”, referiu a ESA, num comunicado a 1 de outubro.

Na altura da construção do GOCE, as potências espaciais ainda não tinham assinado o acordo para que as missões científicas dotem os equipamentos com um sistema de propulsão que permita o controlo durante a reentrada. Foi, por isso, o primeiro objeto de fabrico humano a cair na Terra em mais de 25 de anos, uma vez que não podia ser aterrado por controlo remoto.

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