Segundo defendeu Vítor Gaspar, Portugal está perante um “problema político”, e não uma questão financeira ou económica. O ministro das Finanças considera que “é impossível financiar funções e prestações do Estado” se a sociedade que os reclama “não está disposta a pagar”.
Na Assembleia da República, durante uma comissão parlamentar sobre medidas do programa de ajustamento, que implicam perda de rendimentos e medidas de agravamento fiscal, Vítor Gaspar considerou que este “não é um problema económico e financeiro, mas fundamentalmente um problema político”, que pode colocar em risco o pagamento de prestações sociais.
Revela o ministro das Finanças que o Governo quer, nesse sentido, “reexaminar as funções sociais do Estado”, para “garantir que é dada a proteção aos mais vulneráveis”.
“Não é possível financiar funções e prestações do Estado quando a sociedade não está disposta a pagar”, enfatizou o ministro das Finanças, que revela, deste modo, incompreensão relativamente às reação negativa que o Orçamento de Estado suscitou.
Apesar de assumir esta realidade, Vítor Gaspar salientou que o programa de ajustamento tem como pilar, precisamente, “garantir a proteção dos mais desfavorecidos”.
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