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Gás lacrimogéneo e balas de borracha travam fuga dos manifestantes em Hong Kong

A polícia de Hong Kong está a usar balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo para travar os manifestantes que tentam fugir da Universidade Politécnica, noticiou hoje a emissora local RTHK.

Dezenas de pessoas tentaram escapar repetidas vezes do ‘campus’ universitário, após um dia e noite caóticos em que várias estradas foram bloqueadas, uma ponte foi incendiada e um agente foi atingido por uma flecha.

Muitos manifestantes, vestidos com roupas normais e sem máscaras de gás, tentaram resistir à ação policial, mas viram-se forçados a regressar ao interior das instalações, de acordo com a RTHK.

A mesma emissora referiu que alguns foram detidos, outros tropeçaram em barricadas, enquanto a polícia apontava armas e agredia alguns dos manifestantes.

A polícia estava também a montar barricadas próprias para confinar os manifestantes a um só espaço, quando, horas antes, havia exortado os manifestantes a “largarem as armas” e a saírem por um percurso definido.

“Estamos presos aqui há demasiado tempo. Precisamos que todos os ‘hongkongers’ saibam que precisamos de ajuda”, disse Dan, um manifestante de 19 anos, citado pela emissora pública de Hong Kong.

“Não sei por quanto tempo mais podemos continuar assim. Podemos precisar de ajuda internacional”, acrescentou.

Ainda de acordo com a RTHK, o Governo da região administrativa especial chinesa já indicou que a proibição de máscaras introduzida sob uma lei de emergência da época colonial britânica vai deixar de ser aplicada, depois de o Supremo Tribunal ter decidido esta manhã que a medida é inconstitucional.

No Conselho Legislativo (parlamento), o subsecretário de Segurança, Sonny Lo, disse que o Governo ainda vai procurar aconselhamento jurídico. Mas um advogado do Departamento de Justiça, Vernon Loh, indicou que a medida vai deixar de ser aplicada.

Dezenas de pessoas foram detidas por usarem máscaras desde que a chefe do Governo, Carrie Lam, impôs a proibição em 05 de outubro.

A pena máxima para aqueles que usavam máscaras em manifestações foi fixada num ano de prisão ou multa de 25 mil dólares de Hong Kong (cerca de 2.900 euros).

O Supremo Tribunal de Hong Kong afirmou que a proibição das máscaras é inconstitucional por impor mais restrições do que as necessárias aos direitos fundamentais da população.

Quando anunciou a imposição da ‘lei anti-máscara’, no mês passado, Carrie Lam afirmou que o Governo pretendia “acabar com a violência e restaurar a ordem”, devido à “situação de grande perigo público” que se vive no território desde o início de junho.

Na origem dos protestos está uma polémica proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo de Hong Kong.

Lusa

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Lusa
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