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Francisco J. Marques invocou “interesse público” para divulgação de emails

O diretor de informação e de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, defendeu hoje em tribunal que a divulgação dos emails do Benfica seguiu o “interesse público”, ilibando ainda a SAD portista desse anúncio.

Ouvido em declarações na quinta e última sessão no Juízo Central Cível do Porto do processo movido pelo Benfica, o réu Francisco J. Marques disse que começou a ter acesso aos emails “em abril de 2017”, tendo-os recebidos em três períodos.

Os primeiros emails, disse, foram para a sua conta no FC Porto, enquanto outros, “encriptados”, seguiram “para a conta 123@tutanota.com”, que entretanto criou, dado que recebe diariamente “cerca de 500 emails” na sua conta do clube, sendo assim “mais fácil de fazer a verificação” do que ia chegando.

Revelando que o “último email recebido foi em 12 de julho de 2017”, o responsável portista acrescentou que na segunda remessa de emails constavam “três caixas de email: de Pedro Guerra, Luís Bernardo e Pedro Valido”, do Benfica.

Sobre a sua divulgação no programa do Porto Canal ‘Universo Porto’, Francisco J. Marques defendeu que o fez “sem pedir ou receber ordem da SAD” do FC Porto, embora, na tarde anterior à revelação, tenha informado os administradores “Pinto da Costa, Adelino Caldeira e Fernando Gomes” que o iria fazer à noite.

“Não foi autorizado nem era preciso”, reiterou o diretor portista, que “ilibou” a SAD portista de um processo que defendeu “seguir o interesse público” na divulgação dos emails, em que “procuraram apenas as tramoias do Benfica”.

Perante as dúvidas manifestadas pelo juiz sobre o critério utilizado na divulgação dos emails, o responsável portista reiterou ter “seguido critérios jornalísticos” e que desconhece de quem partiu os emails.

Sobre a entrega dos emails à Polícia Judiciária (PJ), disse que foram entregues em três partes em outros tantos dias.

Confirmando que apenas ele e Diogo Faria “tinham acesso a um computador que se encontrava numa sala fechada”, disse-se “arrependido” por ter intitulado o livro que ambos escreveram de “O polvo encarnado”, preferindo hoje chamar-lhe “A teia do poder encarnado”.

Da venda do livro, entre 2017 e 2018, disse ter ganho “cerca de 3.500 euros”.

“Estamos aqui sentados por o Benfica achar que o FC Porto fez espionagem, quando era o Benfica que o fazia”, acusou Francisco J. Marques.

Por acordo entre o tribunal e os advogados das partes, foi estabelecido o prazo de 10 dias para apresentação por escrito das alegações orais.

Decorrido o referido prazo, e não ocorrendo circunstâncias anómalas, será proferida sentença 30 dias após a secção de processos concluir os autos.

Será feito um comunicado de imprensa após a comunicação da sentença às partes.

Lusa

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