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Fotojornalista Nuno André Ferreira distinguido nos prémios Rei de Espanha de Jornalismo

O rei Felipe VI entregou hoje em Madrid os prémios internacionais Rei de Espanha de Jornalismo, tendo o repórter fotográfico Nuno André Ferreira, da agência Lusa, sido distinguido na categoria de fotografia.

Nuno André Ferreira venceu com a fotografia “O Nosso Presidente Marcelo”, publicada pela agência Lusa em 19 de outubro de 2017 e captada em Santa Comba Dão, no distrito de Viseu, na qual Marcelo Rebelo de Sousa surge solidário com um agricultor, inconsolável, vítimas dos incêndios.

Segundo o comunicado emitido aquando da divulgação dos vencedores, em janeiro passado, o júri “valorizou o fator emocional e a componente humana que permite adivinhar uma tragédia, sem necessidade de se ver a zona devastada”.

Nuno André Ferreira é natural de Marrazes, distrito de Leiria, tendo-se licenciado em Ciências da Informação pelo Instituto Superior Miguel Torga – Coimbra (2000/2004). Atualmente, além da agência Lusa, trabalha para outros meios de comunicação social.

Pela agência Lusa, para a qual trabalha desde 2009, Nuno André Ferreira já recebeu quatro outras distinções, a mais recente uma menção honrosa, no ano passado, no concurso Estação Imagem.

Promovidos pela agência noticiosa espanhola EFE e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), os prémios internacionais Rei de Espanha de Jornalismo distinguiram na edição deste ano o trabalho de jornalistas e de meios de comunicação de Espanha, Venezuela, México, Argentina, Brasil, Bolívia, Nicarágua e Portugal nas categorias de imprensa, rádio, televisão, fotografia, jornalismo digital e jornalismo ambiental e desenvolvimento sustentável.

Na sua intervenção na cerimónia, o rei de Espanha defendeu que se recupere “a essência do bom jornalismo” como fórmula para transmitir relatos credíveis aos cidadãos, preservar o rigor e a imparcialidade e lutar contra a propagação de notícias falsas.

Felicitando os premiados pela “sua qualidade, sensibilidade e bem fazer”, o chefe de Estado destacou que os seus trabalhos revelam a excelência do jornalismo de língua espanhola e lusófona em todas as suas facetas e suportes e sublinhou que “o exercício de uma imprensa livre” contribui diariamente para “a construção de sociedades mais informadas, mais justas e democráticas”.

Os trabalhos distinguidos abordam temas como a luta contra a corrupção e o crime organizado, o fenómeno migratório ou a memória das vítimas do franquismo.

Felipe VI apelou a que se “resgate o espírito do melhor jornalismo clássico” e se reforce “aquilo que mais tem a ver com o nuclear da profissão: a formação humanística, a capacidade crítica, a inteligência de saber perguntar e a capacidade de ver as coisas de forma diferente”.

“O bom jornalismo é o que favorece o desenvolvimento do espírito crítico em indivíduos e sociedades, esse sentido que nos capacita para distinguir e discriminar entre a quantidade incomensurável de dados, informações e opiniões”, destacou.

Na opinião de Felipe VI, é preciso apostar num jornalismo que “não gere dúvidas, que ofereça relatos sólidos, comprovados e que dê garantias aos cidadãos de que o que se está a contar está suficientemente comprovado”.

Num contexto como o atual, marcado pela difusão de desinformação, o chefe de Estado reafirmou que “o melhor jornalismo” deve esforçar-se por combater as notícias falsas, “não só por uma elementar questão ética, mas também porque o falseamento da realidade distorce injustamente a opinião das pessoas”.

O rei de Espanha destacou ainda o impacto que as novas tecnologias tiveram na profissão jornalística, mas considerou pertinente “encontrar a simbiose necessária entre a atualização tecnológica e a preservação dos valores jornalísticos tradicionais” como a verdade, o rigor e a imparcialidade.

Para além do domínio das ferramentas multimédia, Felipe VI manifestou a necessidade de “continuar a ensinar e a difundir os valores, as estratégias e os princípios essenciais do jornalismo” para que os profissionais dos vários meios continuem a cumprir a sua função social.

Numa altura em que se assinala o 80.º aniversário da Agência EFE, o rei assegurou que este meio público é “sinónimo de jornalismo de qualidade, profissional, imparcial e rigoroso” que o converteram na quarta agência mundial e na primeira em língua castelhana, com a sua rede de 3.000 profissionais em mais de 120 países.

O rei proferiu também algumas palavras de reconhecimento à Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), que no ano passado assinalou 30 anos de atividade solidária e da qual, segundo o monarca, “tanto se orgulham os espanhóis”.

Lusa

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