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A forma como as “más notícias” afetam o cérebro, segundo a psicologia

Nos últimos tempos, o fluxo noticioso negativo tem sido interminável e preenchido de desespero e preocupação. Furacões, atentados, ataques, protestos, casos de assédio e violação sexual, terrorismo, etc.. A psicologia diz que estas notícias de cariz negativo, as “más notícias”, causam um efeito de “fadiga de desastre” no cérebro.

Vários especialistas em psicologia usaram o termo de “fadiga de desastre” para tentar descrever a constante absorção, por parte do cérebro, de notícias negativas em massa, o que provoca irremediavelmente efeitos negativos no dia a dia. Sem surpresa, essa fadiga está intimamente ligada à utilização dos smartphones.

Em declarações ao The New York Times, a professora de psicologia da Universidade de Texas, em Santo António, Dr. Mary McNaughton-Cassil, explica o fenómeno.

“Estamos a ver cada vez mais a ‘fadiga do desastre’. Nesta era do digital, onde vários estudos mostram que três em quatro pessoas passam tempo no smartphone antes de se deitarem e logo depois de acordarem, é difícil não se sentir sobrecarregado”.

A ideia é corroborada por Dr. Stephen Hinshaw, da Universidade de Berkley Califórnia.

“A pressão constante das ‘más notícias’ – e, para os jovens, a pressão permanente de registos nas redes e interações sociais negativas – é um fator”.

Ainda assim, é levantada a questão de como, afinal, é possível não ser constantemente invadido por estas notícias de cariz negativo. Não utilizar as redes sociais? Ignorar completamente as notícias?

Os especialistas em psicologia acreditam que existem formas mais simples de resolver o problema.

Apesar de parecer uma solução óbvia, o facto de não navegar pelas redes sociais a cada dois minutos pode ajudar a resolver o problema. Atualmente o mundo está cercado por ecrãs a todo o instante, o que leva o cérebro a libertar uma hormona de stress quando não está exposto a informação das redes sociais.

“O problema é a exposição repetitiva. Sugiro que se limitem os alertas e se desliguem os telefones algum tempo antes de se deitarem”, explica Christina Mangurian, professora associada de psiquiatria da Universidade da Califórnia.

O foco nas “notícias boas”, ou positivas, é uma das soluções apresentadas pelos especialistas. É um processo complicado, face ao número de acontecimentos negativos que têm acontecido recentemente. Há entretanto vários sites que se especializaram na criação de conteúdo positivo que combata essa negatividade.

“Se você se concentrar apenas no negativo, vai-se sentir mal. Procure algo de positivo onde se concentrar, como as pessoas que ajudaram outros nos momentos de crise”, explica Dr. McNaughton-Cassill.

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