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“Foi naquele abraço que me salvei”. Goucha e a “conversa em ferida” com Tony Carreira

A entrevista de Manuel Luís Goucha a Tony Carreira, na primeira grande aparição pública do carismático cantor após o trágico falecimento da filha Sara Carreira, em dezembro de 2020, foi para o apresentador um momento de particular dificuldade. Num testemunho pouco comum, Goucha volta a abordar a entrevista e o seu impacto mas, desta vez, abre o coração, e fala de tudo que sentiu numa “conversa em ferida”.

O apresentador já tinha explicado as razões que o levaram a abraçar, em lágrimas, Tony Carreira no final de uma conversa intensa e com silêncios que Goucha admite que muito falaram.

Manuel Luís Goucha confessa que quando soube da possibilidade de entrevistar Tony Carreira, no momento mais difícil da vida do cantor, teve consciência de que seria “doloroso” mexer “numa vida suspensa, num vazio que cresce.”

“Depois de uma noite de luar apagado, horas pesadas e inquietas”, Goucha admite que chegou o dia da entrevista a Tony.

Apesar de muito experimentado no mundo da televisão, o apresentador admite que partiu para a entrevista como nunca antes tinha partido para um trabalho.

“Era chegado o momento de cumpliciar a dor de um pai que morre na morte da sua filha. E, tendo-lhe uma estima de tantos anos, como fazê-lo senão com o coração?”, interroga-se Manuel Luís Goucha, na MCNews, do grupo que detém a TVI.

“De todas, a mais difícil” conversa, admite Goucha, explicando aquilo que sentiu ao entrevistar Tony Carreira.

“Perante mim, um amigo amado, grande na sua vulnerabilidade. Foi uma conversa de olhos molhados, silêncios que doem, gritos que vibram na alma”, detalha o apresentador.

Goucha explica que deixou Tony Carreira falar o que queria e o que sentia, percebendo que existia “uma dor lenta e salgada em cada palavra, pântano onde naufragámos”.

Ao contrário do ritmo da televisão, frenético e sempre contado, Goucha sublinhou que nesta conversa em particular foi preciso colocar de parte o relógio.

“Foi estar, seguindo-lhe o pensamento e dando-lhe a mão. Perdi a noção do tempo, achando desnecessárias as palavras quando o silêncio era maior.”

Manuel Luís Goucha voltou a justificar o abraço dado a Tony Carreira, quebrando as regras de contenção pandémica.

“Acabei só naquela manhã líquida e foi naquele abraço, que não quis castigar em nome das regras de segurança a que somos aconselhados e julgando que as câmaras já se tinham desligado, que me salvei.”

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