O diretor do FMI responsável pelo programa de ajuda a Portugal considerou nesta sexta-feira que a aplicação do mesmo tem sido bem sucedida e que superou o que estava programado. Abebe Selassie classificou os resultados como “encorajadores” e entende que a missão foi cumprida na sua plenitude.
As metas definidas aquando da definição do programa oram “atingidas”, o que foi possível, sobretudo, ao “amplo consenso” que Portugal conseguiu, em termos políticos, num ambiente que não gerou impasses ou recuos, com a participação de partidos do Governo, da oposição e de sindicatos, em concertação social.
“As políticas programadas foram aplicadas, com uma implementação muito forte, em virtude de um consenso alargado no país. Um ano após o início do programa, a situação é muito encorajadora. Em alguns aspetos, a melhoria superou as expectativas”, sublinhou o chefe da missão do FMI, que participava, em Washington, nas reuniões de Primavera.
Dados positivos a retirar do programa são, de acordo com o diretor do FMI, o combate ao défice e o aumento das exportações, o que representam um “sinal muito forte” de que o regresso ao crescimento económico pode estar para breve.
No entanto, apesar dos elogios, Selassie põe travão em euforias e realça que Portugal tem pela frente “enormes desafios”, relacionados com o problema da dívida e a necessidade de se financiar nos mercados.
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