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FMI estima que despesa com pensões suba entre 1 a 2,5 pontos do PIB até 2050

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a despesa pública com pensões aumente entre 1 a 2,5 pontos percentuais do PIB nas economias avançadas e emergentes até 2050, recomendando que Portugal reforce as alterações no sistema de reformas.

Esta é uma das principais conclusões do relatório “The Future of Saving: The Role of Pension System Design in an Aging World”, divulgado hoje pela instituição.

“De acordo com as políticas atuais, os gastos com pensões em economias de mercado avançadas e emergentes aumentarão em média entre 1 e 2,5 pontos percentuais do PIB [Produto Interno Bruto], respetivamente, até 2050”, lê-se no documento.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), sem mexidas nos impostos e alterações na despesa, “este aumento levará a um declínio proporcional na poupança pública”.

A instituição liderada por Christine Lagarde refere que, em muitas economias avançadas, “os jovens terão de poupar significativamente mais e adiar a reforma” para poderem ter uma pensão semelhante à dos aposentados de hoje.

O relatório conclui também que a poupança privada “cairá mais rapidamente nos países com generosos sistemas públicos de pensões”, pelo que a instituição recomenda que a poupança para a reforma deve ser incentivada.

O FMI diz ainda que países como Portugal e Itália podem precisar de “racionalizar acordos generosos em reformas anteriores”.

“Para lidar com os custos decorrentes do envelhecimento da população, muitos países encetaram reformas significativas nas pensões nos últimos anos”, refere o FMI, frisando que “essas reformas visam, em grande medida, conter o crescimento do número de pensionistas, tipicamente mudando os parâmetros chave do sistema de pensões”, por exemplo, através do aumento da idade de reforma, de regras mais exigentes e da redução das pensões ajustando as fórmulas de benefícios.

“Muitas destas reformas paramétricas melhoraram a sustentabilidade de longo-prazo dos sistemas de pensões”, indica a instituição, referindo, contudo, que podem ser necessárias reformas adicionais, por exemplo, “racionalizar acordos generosos em reformas anteriores (Itália, Portugal); reduzir os rácios de benefícios (Argentina, Brasil); e reduzir os benefícios de reformas antecipadas (Rússia)”.

Lusa

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