A longa paragem que o desporto automóvel enfrenta, devido à pandemia de Covid-19, faz com que Filipe Albuquerque sinta uma grande preocupação pelo futuro.
O piloto de Coimbra cumpre o confinamento domiciliário a que a maioria dos portugueses é obrigado, e embora seja otimista por natureza não vê o dia em que possa voltar às pistas.
As previsões apontam que, possivelmente, a competição possa regressar no verão, mas não há certezas de quando isso poderá acontecer, seja em junho, julho ou agosto, sendo que Albuquerque, à altura da paragem da atividade desportivo, estava envolvido em três frentes – Campeonato do Mundo de Resistência (WEC), European Le Mans Series (ELMS) e Taça Norte-Americana de Resistência (IMSA). Isto sem contar com o posto de piloto de testes na Fórmula E.
Filipe tem lidado como pode com a sua situação: “Foi uma mudança radical. Os próximos meses iam ser uma verdadeira loucura em termos de corridas e de repente tudo para. Caímos numa incerteza brutal. Afetou a minha carreira, ainda para mais quando estou a liderar o campeonato do mundo mas, afetou também, a maioria das pessoas que têm de ficar em casa e não podem ir trabalhar”.
Embora estar em casa seja uma frustração, o piloto da United Autosports no WEC concede que não há outra solução face à atual situação sanitária. “Por mais que goste de competir e que de tudo fizesse para estar em pista, conscientemente todos sabemos que algumas medidas até pecaram por tardias”, refere.
Filipe Albuquerque acentua: “Temos todos de parar por uns meses para nos livrarmos deste vírus para depois pudermos regressar em segurança. Não há nada a fazer, é um tempo de espera essencial. Nunca vivi nada parecido, mas a maturidade faz-nos ver as coisas de uma forma mais realista”.
O facto de ter pais médicos faz o piloto do Ligier # 22 no WEC ver as coisas de uma outra perspetiva. “Talvez consiga ver as coisas com uma maior proximidade e a realidade é que nada do que está a acontecer é um brincadeira. Este vírus mata, e todos temos de tomar consciência disso”, sublinha.
“Mas não só, temos de tirar o chapéu a todos aqueles que diariamente estão nos hospitais a tratar das pessoas doentes e que correm sérios riscos. Por eles, pela saúde de todos, temos de ficar em casa”, vinca Filipe Albuquerque.
Para o piloto de testes da DS Techeetah é natural que a queda da economia se vá refletir também no automobilismo.
“Todas as áreas da sociedade vão sair afectadas por todo o mundo, disso não tenho dúvidas. E o desporto automóvel também. As equipas estão completamente paradas e as equipas menos fortes financeiramente vão ter enormes problemas, para não dizer que possam mesmo abrir falência”, admite.
Contudo Albuquerque mantém a sua tradicional positividade: “Temos que nos unir, adaptar e compreender a posição em que cada um está. Desde empresas que tem imensos encargos mensais a famílias que precisam de dinheiro para se alimentar. Não é fácil para ninguém”.
Quanto a um regresso, o piloto de Coimbra acredita que há condições para regressar às pistas ainda este ano. “Poderá haver um ou outro cancelamento mas acredito que os campeonatos irão retomar e espero que em força”, reitera.
A situação de confinamento domiciliário também tem feito com que Filipe Albuquerque se tenha rendido às competições virtuais: “Sempre gostei, mas como nos últimos anos tive muitas corridas e a família cresceu, nunca tive tempo para poder praticar adequadamente. Mas confinado em casa, voltei em força. Já estive a atualizar o meu material. E com a quantidade de corridas online que surgiram tem sido uma verdadeira loucura dar resposta a tantos pedidos. Como se costuma dizer, quem não tem cão, caça com gato. É um bocadinho isso… já que não posso ir para as pistas as pistas vêm até mim, online”.
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