Mattia Binotto vocalizou em Barcelona – onde se está a disputar o Grande Prémio de Espanha – que a Ferrari poderá usar o seu poder de veto para proteger todas as equipas na disciplina.
O chefe da ‘Scuderia’ de Maranello lembrou um privilégio histórico que possui na categoria ‘rainha’ do automobilismo mundial, mas para dizer que usará esse poder não apenas em favor da sua equipa.
Até agora a Ferrari só usou o seu veto em 2015, quando surgiu a possibilidade de um preço máximo para os motores e caixas de velocidades vendidos às equipas clientes com o argumento da limitação de custos.
“É claro que o direito de veto é qualquer coisa de importante para a Ferrari, mas penso que também é importante para a Fórmula 1, já que, de uma forma ou de outra, não nos protege só a nós. Protege todas as equipas contra certas incertezas que podem ser contrárias aos seus interesses”, defendeu Binotto.
O responsável pela ‘Gestione Sportiva’ da equipa de Maranello referiu também: “Vamos começar a discutir o assunto com a FIA e a F1. Penso que nos conseguiremos sair bem neste aspeto e esperamos conservar os mesmos direitos. As negociações em redor dos próximos acordos da Concórdia prosseguem antes de uma renovação, prevista em 2021”.
Mas a posição preferencial da Ferrari não encontra unanimidade, nomeadamente do lado da Liberty Media, a atual detentora dos diretos da Fórmula 1, e Ross Brawn é a voz desse desacordo: “Não penso que seja uma boa ideia ter uma equipa com direitos mais importantes que as suas concorrentes, seja em que desporto for. Partilhamos totalmente os pontos de vista da Ferrari em certos pontos, mas noutros não. Se as equipas querem gozar um direto de veto referia que todos se reunissem para encontrar um representante das suas revindicações”.
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