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Familiares das vítimas de Brumadinho rejeitam proposta de indemnização da brasileira Vale

Os familiares dos funcionários da Vale e das empresas subcontratadas que morreram na tragédia de Brumadinho rejeitaram na quarta-feira um acordo de indemnização proposto pela empresa mineira Vale, noticiou hoje a imprensa brasileira.

A decisão foi tomada em assembleia na Câmara Municipal de Brumadinho, contou com a presença de cerca de 300 pessoas, e foi acompanhada pelo Ministério Público do Trabalho, pela Defensoria Pública do Governo Federal, por sindicatos e por movimentos sociais.

A proposta da Vale consistia no pagamento de danos materiais correspondentes a dois terços de um salário mensal líquido até à data em que o trabalhador completasse 75 anos. Em relação aos danos morais, a empresa dispôs-se a pagar 300 mil reais (cerca de 70 mil euros) a cônjuges ou companheiros, 300 mil reais a cada filho ou filha, 150 mil reais (cerca de 35 mil euros) para cada pai e mãe, e 75 mil reais (perto de 18 mil euros) para cada irmão ou irmã.

Além disso, o acordo sugerido incluía um plano de saúde para os familiares das vítimas mortais.

Para os funcionários que sobreviveram, já foi assegurado pela Vale o salário até ao final deste ano, informa a imprensa brasileira.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais, foi apresentado à Vale, no passada sexta-feira, uma outra proposta que visava o pagamento de, no mínimo, 2 milhões de reais (cerca de 500 mil euros) de indemnização por dano individual ao agregado familiar dos trabalhadores mortos ou desaparecidos no rompimento da barragem.

O presidente da empresa mineira brasileira Vale, Fábio Schvartsman, admitiu hoje que houve falhas na barragem em Brumadinho, estado de Minas Gerais, cuja rutura causou, até agora, 166 mortes confirmadas, mas reafirmou a importância da empresa no país.

“A Vale reconhece, humildemente, que seja lá o que vinha fazendo, não funcionou, já que uma barragem caiu”, disse Schvartsman durante uma audiência na Comissão Externa de Brumadinho criada no Congresso brasileiro para apurar as causas do acidente.

Embora a empresa negue que soubesse dos riscos no local onde ocorreu o acidente, o Ministério Público de Minas Gerais sustenta que a Vale conhecia o risco de rutura da barragem em Brumadinho desde outubro de 2018.

A barragem que colapsou em Brumadinho foi construída com base nos próprios resíduos dos minérios, um método tradicional que é menos seguro.

O desastre em Brumadinho ocorreu a 25 de janeiro, quando uma das barragens nas quais a empresa mineira Vale armazenava resíduos rebentou, provocando uma avalanche de lama que soterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.

Lusa

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