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Face Oculta: Refer aplicou processo disciplinar “ilegal”

João Folque, advogado de Carlos Vasconcellos, acusa a Refer de aplicar um processo disciplinar “ilegal” a dois dos seis quadros da Rede Ferroviária Nacional, arguidos no processo Face Oculta, que estão suspensos de funções mas continuam a receber salário. Na sessão de hoje do julgamento, a testemunha Alberto Aroso acusou um gestor de beneficiar Manuel Godinho, em serviços injustificados e noutros que nunca se realizaram.

Carlos Vasconcellos e José Rodrigues estão sob processo disciplinar, que permanece por concluir, no âmbito do processo Face Oculta, mas continuam a receber o ordenado, o que custa à empresa cerca de 3000 euros mensais.

O advogado de defesa de Carlos Vasconcellos, João Folque, refere que o processo disciplinar é “ilegal”. Por outro lado, sublinha que a Rede Ferroviária Nacional “entendeu suspender o processo disciplinar enquanto decorresse o Face Oculta” e acusa a empresa de querer retirar benefícios com “um processo disciplinar que não é regular”.

“A Refer não encontrou, no âmbito do processo disciplinar, qualquer matéria que possa conduzir ao despedimento, no âmbito do Código do Trabalho, e está a ver aqui se retira algo que lhe possa ser útil”, afirma o causídico.

Na sessão de hoje do julgamento do Face Oculta, prestou depoimento Alberto Aroso, um engenheiro responsável pelas linhas férreas que ligam Porto e Pocinho. Aroso conferiu diversas contas de uma empresa de Manuel Godinho. Segundo Alberto Aroso, houve uma obra de limpeza em que foram faturados cerca de 400 mil euros, não houve qualquer equipamento no local.

Por outro lado, aquele responsável sustenta que seria impossível que os serviços fossem prestados nos prazos conhecidos, porque esses serviços exigiriam muito mais tempo. Por outro lado, a Refer terá sido prejudicada em centenas de toneladas em diversos levantamentos de carris, com benefício para Godinho.

Segundo a testemunha, o gestor Silva Correia beneficiou Manuel Godinho, autorizando levantamentos de carris sem motivo. A testemunha de acusação fala de “simpatia especial” para com Manuel Godinho, que terá sido ajudado em diversos serviços que não tinham motivo, ou que nunca foram realizados.

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