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Exportações africanas ultrapassam recessão de 12 por cento em 2016 e sobem 2,1 por cento em 2017

As exportações africanas subiram 2,1 por cento para 833,94 mil milhões de dólares no ano passado, o que representa uma forte recuperação face à recessão de 11,9 por cento registada em 2016, segundo o Afreximbank.

De acordo com relatório anual de atividade do Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank), disponível no ‘site’ do banco, “o valor do total das mercadorias transacionadas aumentou cerca de 2,1 por cento, para 833,94 mil milhões de dólares em 2017, o que compara com a contração de 11,9 por cento registada em 2016”.

O documento nota que a recuperação do preço das matérias-primas, na sequência da forte descida desde o verão de 2014, “foi o principal motor da retoma do crescimento das trocas comerciais” e vinca que “numa região onde a exportação de petróleo representa mais de 45 por cento do total das exportações, o fortalecimento gradual do preço do petróleo contribuiu significativamente para reverter uma tendência negativa nas exportações africanas”.

Assim, os países exportadores de petróleo, como os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, “viram as suas exportações aumentar 4,8 por cento para 116,71 mil milhões de dólares em 2017, uma subida face aos 111,4 mil milhões em 2016”.

No que diz respeito ao comércio intra-africano, um dos grandes objetivos do Afreximbank, o valor aumentou 8,83 por cento em 2017, recuperando do declínio de cerca de 10 por cento em 2016, “impulsionada pela subida da maré no comércio global, uma melhoria no crescimento económico africano e ao aumento dos preços das matérias-primas”.

Apesar da recuperação nas exportações, África continua a passar por dificuldades maiores que a generalidade da economia mundial, lê-se no documento, devido às complicações acrescidas que os investidores têm de passar para canalizar os investimentos para aquele continente.

“Apesar do ambiente genericamente favorável, as condições de financiamento em África mantiveram-se apertadas, com liquidez limitada devido ao efeito persistente do fim do super-ciclo das matérias-primas [com preços muito elevados] e da retirada do continente por parte de um grande número de grandes instituições financeiras internacionais em resposta ao ambiente regulatório cada vez mais rigoroso e à implementação de sanções”, lê-se no documento.

Entre as dificuldades, o Afreximbank aponta que “os desafios à volta das cartas de confirmação de crédito que surgem da retirada dos grandes bancos, entre outros, significam que o acesso a fundos por entidades africanas continuou difícil ou era mais caro relativamente às condições financeiras globais”.

O Afreximbank é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, em 1993. Tem um capital de quase 10 mil milhões de dólares e está sedeado no Cairo.

Os acionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e sub-regionais, investidores privados, instituições financeiras, agências de crédito às exportações e investidores privados, além de instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual.

Lusa

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