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Ex-mordomo de Bento XVI acusado de roubar documentos que Papa ordenou que fossem queimados

Paolo Gabriele, ex-mordomo do Papa Bento XVI, está acusado de roubo qualificado, por alegadamente se ter apropriado de documentos secretos do Vaticano, revela a polícia, em tribunal. O Papa ordenou a destruição destes documentos (mais de mil), mas o ex-mordomo apropriou-se dos mesmos, que foram encontrados em sua casa.

A polícia realizou buscas em casa do ex-mordomo do Papa Bento XVI, Paolo Gabriele, e encontrou cerca de mil documentos que o Papa ordenara que fossem destruídos. Em alguns desses papéis estava a rubrica de Bento XVI, com a ordem “para destruir”. No entanto, de acordo com o testemunho dos polícias, em tribunal, nesta quarta-feira, Paolo Gabriele não cumpriu a ordem e apropriou-se dos documentos.

O ex-mordomo do Papa – que responde em tribunal, sob a acusação de roubo qualificado – tinha em sua casa originais e fotocópias, sendo que os documentos do Vaticano estavam dissimulados. De acordo com o testemunho de quatro polícias envolvidos nessas buscas, o Papa Bento XVI era o remetente ou o destinatário de muitas das provas encontradas.

Num relato sobre o cenário que encontraram quando investigaram a casa do ex-mordomo do Papa, os polícias deram conta de um ambiente de desorganização, com muitos papéis por toda a casa, alguns dos quais relativos ao Vaticano, “disfarçados” de forma “hábil”, no meio de um caos de documentação.

Homem muito próximo do Papa, Paolo Gabriele tinha a confiança de Bento VXI, o que lhe permitia movientar-se com liberdade de espaços privados, quer em Roma como na residência de férias do Papa. O ex-mordomo tinha como missão ajudar o Papa nas suas tarefas diárias. Acabou por ser detido em maio passado, após uma investigação sobre suspeitas de fugas de informação na Santa Sé.

Na sessão de ontem, o mordomo admitiu em tribunal que levou documentos para sua casa, prática ilícita que iniciou em 2010 e prosseguiu no ano seguinte. Entre essas provas estão problemas que se viviam no Vaticano.

Paolo Gabriele é suspeito de ter levado a cabo a maior fuga de informação da história da Santa Sé. De acordo com as conclusões do inquérito preliminar Gabriele, que arrisca uma pena até quatro anos de prisão, não terá atuado sozinho.

Em declarações à imprensa, o porta-voz da Santa Sé, Frederico Lombardi, adiantou existir um novo elemento envolvido.

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