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Eurobonds chumbados pela Alemanha: “Medida errada no momento errado”

Alemanha mantém a posição sobre títulos de dívida europeus e sustenta que este “é o momento errado” para se avançar com os eurobonds, que François Hollande pretendia adotar na União Europeia. Começam a saltar à vista as divergências entre a Alemanha de Merkel e a França de Hollande.

Com a visão distinta sobre as eurobonds, surgem os sinais de rutura entre Alemanha e França, que se adivinhavam com a eleição de Hollande para o cargo de Presidente francês. A Alemanha considera que este é o “momento errado” para se avançar com um projeto de emissão de títulos de dívida pública conjuntos na União Europeia (UE) – os chamados “eurobonds”.

À margem da cimeira do G8, Steffen Kampeter, secretário de Estado das Finanças da Alemanha, sublinhou que o executivo de Merkel não vê “razões para que alterar o rumo”, sendo que este “é um momento errado” para se introduzir títulos de dívida conjuntos na UE.

“Os eurobonds seriam a receita errada no momento errado”, sustentou Steffen Kampeter, o que colide com a posição de François Hollande, que derrotou Sarkozy nas presidenciais de França e colocou em causa o acordo franco-alemão que reinava na Europa dos 27.

De acordo com declaraões de Kampeter à rádio Deutschlandfunk, a Alemanha considera que os títulos de dívida conjuntos “trariam efeitos secundários e seria uma medida contraproducente”.

À semelhança do que fizera Merkel, Kampeter apontou como pilar da política orçamental da UE o Tratado Orçamental, rubricado pelos países – entre os quais a França, ainda que pelo pulso de Sarkozy. Hollande terá de respeitar esse compromisso e a Alemanha não parece disposta a ceder.

Os eurobonds permitiriam, de acordo com a proposta francesa, facilitar o acesso dos países aos mercados de financiamento, o que impediria cenários de ajuda financeira adicional, como o que se adivinha no caso português, em 2013.

No entanto, as economias mais fortes, como a alemã, teriam de pagar mais e perderiam benefícios como taxas de juro mais vantajosas. Anela Merkel sempre se opôs a títulos de dívida conjuntos e reitera essa posição, que Hollande tenta combater.

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