Envolvimento de privados crucial para desenvolver investimento em África

O envolvimento do setor privado é “absolutamente crucial” para o investimento em África, defendeu hoje uma responsável europeia, sublinhando que as políticas de cooperação ajudam a “pavimentar o caminho”.

“É absolutamente crucial envolver o setor privado. Acreditamos que o investimento dos doadores internacionais e setor público está a pavimentar o caminho para o setor privado, ao promover o desenvolvimento de estradas, infraestruturas, eletricidade, água e tecnologias digitais”, destacou a responsável do setor de nutrição da Comissão Europeia, Madeline Onclin, à margem do 1.º Fórum Africano para a Nutrição, promovido pela Aliança Global para a Melhoria da Nutrição (GAIN), que decorre na capital do Quénia, Nairobi.

Madeline Onclin afirmou que as políticas de cooperação ajudam a alavancar o investimento e deu, como exemplo, os vários instrumentos financeiros europeus neste domínio, incluindo o recente Plano de Investimento Externo (PIE).

Lançado em 2017, o PIE conta com um investimento inicial de 1,3 mil milhões de euros para operações financeiras mistas (subvenções, assistência técnica, garantias e capital de risco, etc.) em África e regiões vizinhas do Magrebe e Médio Oriente, que deverá atrair mais de 10,6 mil milhões de investimentos públicos e privados e financiar mais de 50 projetos, ou seja, cerca de um quarto do investimento esperado até 2020.

“É um plano para atrair investimento e ter um diálogo estratégico com o setor privado”, vincou a mesma responsável.

O principal pilar deste plano é o Fundo Europeu para o Desenvolvimento Sustentável, que conta com uma dotação de 4,1 mil milhões de euros, mas deverá gerar 11 vezes mais investimento até 2020, ou seja, 44 mil milhões de euros.

Em apenas um ano já foram alocados 800 milhões de euros, o que, segundo Madeline Onclin, “é muito promissor”. As verbas não são alocadas diretamente aos promotores, mas canalizadas para instituições de desenvolvimento financeiro e organizações multilaterais.

O 1.º Fórum Africano para a Nutrição juntou hoje 60 empreendedores de pequenas e médias empresas, que estão à procura de um financiamento total de 82 milhões de dólares para desenvolver os seus negócios, a investidores e entidades internacionais como o Banco Mundial, a Comissão Europeia, a Fundação Bill e Melinda Gates.

Na abertura do Fórum, que arrancou na mesma data em que se celebra o Dia Mundial da Alimentação, o diretor executivo do GAIN, Lawrence Haddad, reforçou a ideia de que as empresas “têm de ser parte da solução para resolver o problema da malnutrição em África”.

Lusa

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Etiquetas: África

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