Categorias: Economia

Ensino superior privado gera mais dinheiro do que a liga de futebol: 383 milhões de euros

As universidades privadas movimentam mais dinheiro do que os clubes da Liga de futebol juntos, refere hoje um artigo do Diário de Notícias. As instituições de ensino fazem circular 383 milhões de euros, verba muito superior aos 260 milhões orçamentados no futebol.

Numa altura em que os reitores das universidades públicas se unem para contestar o corte de 10 por cento previsto em Orçamento de Estado, as instituições de ensino superior privado aparentam estar bem. Essas são as conclusões do estudo de Luísa Cerdeira, que sustentam um artigo no Diário de Notícias de hoje a comparar as universidades privadas com o futebol: as primeiras geram mais dinheiro do que os 16 clubes da I Liga.

Nas contas de Cerdeira, pró-reitora da Universidade de Lisboa, as universidades privadas movimentam 383 milhões de euros. O estudo “O Custo dos Estudantes no Ensino Superior Português”, coordenado pela investigadora, refere que os custos de um aluno no ensino superior privado rondam os 4349 euros por ano. Como em 2011 houve 88.290 alunos (dados do Ministério da Educação), as receitas encaixadas atingem os 383 milhões de euros.

O DN comparou estes valores com os do futebol, setor que os portugueses consideram ser produtivo, quer pelos valores dos salários auferidos pelas principais ‘vedetas’, quer pela fama de ‘exportação’ de jogadores para as ligas de outros países. No caso nacional, os orçamentos dos 16 clubes da I Liga totalizam, em conjunto 260 milhões de euros. Um valor bastante inferior – 123 milhões – ao do movimentado pelas universidades privadas.

Alguns números sustentam este bom ‘campeonato financeiro’ das universidades privadas. A Portucalense é citada como exemplo: em 2008 deu um prejuízo de 537 mil euros, em 2011 atingiu um lucro de 3,245 milhões de euros.

A tendência, porém, é para a redução da diferença. Os custos no privado chegam a ser 3,5 vezes superiores aos do público (média anual de 1241 euros por aluno), pois as propinas são a principal fonte de financiamento das universidades privadas, como justifica Luísa Cerdeira. O melhor exemplo é o da Cofac, grupo ao qual pertence a Universidade Lusófona, onde os lucros caíram 360 por cento no último ano: apenas 591.082 euros de resultado positivo.

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