A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), detida pelo Governo moçambicano, recorreu a bancos públicos estrangeiros para contrair empréstimos que vão permitir à companhia entrar na produção de gás natural na bacia do Rovuma, anunciou a empresa.
“A nossa aposta não foi para os bancos comerciais, mas sim para as agências de exportação de crédito, que são patrocinadas por governos”, declarou o presidente da ENH, Omar Mithá, citado hoje pelo diário Notícias.
Omar Mithá não adiantou o montante que a empresa solicitou junto dos bancos, mas frisou que equivale a 15 por cento da sua participação nos consórcios de gás natural na bacia do Rovuma.
A ENH, prosseguiu, aguarda o desembolso dos empréstimos que pediu para poder realizar capital no investimento de 25 mil milhões de dólares (22,2 mil milhões de euros), anunciados no dia 18 do mês passado em Maputo pelo consórcio liderado pela petrolífera norte-americana Anadarko.
“Não tendo liquidez, fomos obrigados a recorrer a empréstimos como forma de garantir a nossa participação neste importante projeto”, declarou Omar Mithá.
O responsável assinalou que a ENH vai reembolsar o crédito à medida que os projetos de produção de gás se forem desenvolvendo.
“Vamos poder pagar esta dívida e acredito que eles também estão bastante sensibilizados, a julgar pelos últimos desenvolvimentos”, frisou Mithá.
Além da Decisão Final de Investimento (DFI) anunciada pela Anadarko para a Área 1 do Rovuma, um consórcio liderado pela italiana ENI vai também anunciar o seu investimento, no final deste ano, para a Área 4.
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