Categorias: Nas Notícias

Empresa portuguesa afetada por ataque em Moçambique promete manter trabalho na região

“A Anadarko tem conduzido muito bem o projeto e, se não fossem estes ataques, não teríamos sentido de todo qualquer insegurança. Vamos continuar a trabalhar”, disse à Lusa o diretor-geral da Gabriel Couto Moçambique, Carlos Neto.

Em causa estão dois ataques relacionados de grupos desconhecidos à petrolífera norte-americana Anadarko na quinta-feira em Cabo Delgado, dos quais resultaram seis feridos e uma vítima mortal, um funcionário moçambicano da empresa portuguesa Gabriel Couto, responsável pela construção do aeroporto da petrolífera norte-americana em Palma.

Para o diretor-geral da Gabriel Couto, que está há 30 anos no país, os ataques não afetam a magnitude o projeto de exploração de gás, bem como a atratividade do mercado moçambicano para o investimento estrangeiro.

“Todos nós temos consciência da importância que tem este investimento para o país e para as empresas que estão envolvidas. É um processo irreversível”, disse Carlos Neto, observando, no entanto, que é fundamental que se garanta a segurança dos trabalhadores.

“Estamos em crer que foi um ato bárbaro, mas isolado”, referiu o diretor da Gabriel Couto, acrescentando que a empresa está a assistir a família da vítima mortal, estando já em curso a transladação corpo para sua província de origem.

A vítima, 34 anos, era motorista da empresa Gabriel Couto e vivia em Maputo, sul de Moçambique.

Estes foram os primeiros ataques que tiveram como alvo o consórcio liderado pela Anadarko, dois dias depois de a empresa ter anunciado que conseguiu fechar contratos suficientes de fornecimento de gás para anunciar em breve, formalmente, o investimento na exploração – que deverá começar a produzir gás liquefeito dentro de quatro a cinco anos.

Como resultado do ataque, a petrolífera paralisou todas atividades nos empreendimentos até segunda-feira, de acordo com Carlos Neto.

Desde outubro de 2017, já terão morrido entre 100 a 150 pessoas, entre residentes, supostos agressores e elementos das forças de segurança e, pela primeira vez, um trabalhador na construção do empreendimento.

Na sexta-feira, o ministro do Interior de Moçambique, Basílio Monteiro, anunciou que vai destacar unidades das Forças de Defesa e Segurança para os acampamentos das empresas envolvidas na exploração de gás em Cabo Delgado.

A onda de violência eclodiu após um ataque armado a postos de polícia da vila de Mocímboa da Praia por um grupo com origem numa mesquita local que pregava a insurgência contra o Estado e cujos hábitos motivavam atritos com os residentes desde há dois anos.

A Gabriel Couto está, desde setembro do ano passado, a construir um aeroporto com uma pista de 1.600 metros, na primeira fase, para a multinacional norte-americana em Palma.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 17 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias