A descida de 0,1 por cento registada na taxa de desemprego em setembro tem como motivo a emigração. Em 15 meses, foi a primeira vez que o índice desceu, sendo o próprio Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) a justificar a situação: há cada vez mais casos de pessoas que anulam a inscrição para irem procurar trabalho no estrangeiro.
Pode o trabalho ser uma ‘empresa exportadora’? Só este ano (até setembro) já emigraram 24.689 pessoas à procura de uma ocupação profissional. Números bem acima dos 16.977 do ano passado e dos 10.962 de 2008, o ano em que começou a crise. No mês de setembro, em que a taxa de desemprego desceu 0,1 por cento, houve 2766 pessoas a anular a inscrição, o que representou um acréscimo de 48,9 por cento quando comparado com o mesmo mês de 2011.
A descida da taxa de desemprego, de 15,8 para 15,7 por cento (dados do Eurostat) em setembro, já tinha sido explicada pelas centrais sindicais com o aumento da “grande emigração”, em especial entre os mais jovens: no escalão etário abaixo dos 25 anos, a taxa de desemprego situa-se nos 35,1 por cento.
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