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Elias Dhlakama candidato a líder da Renamo para unir e fortalecer o partido

Elias Dhlakama, irmão do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, justificou hoje a sua candidatura à presidência do principal partido da oposição em Moçambique com a necessidade de unir e fortalecer a organização e ganhar as eleições gerais deste ano.

“Após a morte de Afonso Dhlakama, o partido viveu um período de desunião e desorientação, num ano importante, porque teremos eleições gerais, a minha candidatura procura a união e o fortalecimento do partido”, declarou Elias Dhlakama, em entrevista à Lusa.

Dhlakama, 54 anos e general na reserva, afirmou que pretende unir os membros do partido em torno do objetivo de levar a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) ao poder e a promoção da formação dos militantes e órgãos do partido.

“O partido pode ser mais forte, através da formação dos seus quadros, membros, simpatizantes e órgãos, para poder afirmar-se como uma solução para o abismo em que o país se encontra”, disse.

As fragilidades da Renamo em termos de formação dos seus quadros, prosseguiu, têm sido aproveitadas pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder para cometer alegadas fraudes eleitorais.

“A Renamo é, em parte, vulnerável, às fraudes cometidas pela Frelimo, por causa da fraqueza dos seus membros e órgãos, é por isso que a minha aposta é a formação”, assinalou.

Elias Dhlakama diz que vai manter o compromisso com a promoção da democracia, paz e boa governação defendido pelo seu falecido irmão, porque entende que o país precisa de seguir um caminho diferente do que tem sido imposto pela Frelimo.

“Juntei-me à guerrilha da Renamo no início dos anos de 1980 por um compromisso patriótico de ver o povo moçambicano numa situação de bem-estar, é com esse espírito que pretendo liderar o partido”, assumiu.

O candidato diz que a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança deve ser uma prioridade para o país, assinalando que têm sido instrumentalizadas pela Frelimo para perseguir opositores e ajudar na viciação dos processos eleitorais.

Elias Dhlakama defende que a sua candidatura tem mérito próprio e não se serve do apelido para concorrer à liderança do partido.

“Na Renamo, não sou irmão de Afonso Dhlakama, sou um membro de pleno direito e com uma história de funções e responsabilidades na guerrilha e em todo este país, sempre fui tratado como qualquer outro membro do partido e não irmão do comandante”, disse.

Desde fevereiro de 2015, Elias Dhlakama liderava o Comando dos Reservistas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, tendo passado à reserva em outubro do ano passado, a seu pedido, suscitando logo rumores de que pretendia suceder ao irmão na liderança do partido.

A Renamo realiza de 15 a 17 deste mês um congresso eletivo para escolher o sucessor de Afonso Dhlakama, que morreu de doença a 03 de maio do ano passado.

O congresso terá a participação de 700 delegados e 300 convidados e vai realizar-se na no distrito da Gorongosa, província de Sofala, centro de Moçambique.

Lusa

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Lusa

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