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Eanes aponta a mira ao Governo e apela a Cavaco que trave a “ligeireza” do projeto para o Colégio Militar

O antigo Presidente Ramalho Eanes é um dos signatários de uma carta, enderaçada a Cavaco Silva, que apela ao fim da reforma do ensino militar em Portugal. Um dos pontos mais criticados é a “ligeireza” com que o Governo trata a fusão do Colégio Militar com o Instituto de Odivelas.

Ramalho Eanes, o primeiro Presidente da República democraticamente eleito após o 25 de Abril, é um dos signatários de uma carta que visa apelar ao chefe de Estado, Cavaco Silva, que impeça a prevista reforma do ensino militar em Portugal. A missiva, considerada como “um último recurso” nesta luta, foi ainda assinada por dez generais das Forças Armadas e oito antigos ministros, segundo avança hoje o Público.

Os signatários querem que o Presidente da República “aceite exercer a sua magistratura de influência no sentido do despacho 4785/2013 do ministro da Defesa seja imediatamente suspenso no referente à transformação repentina e imponderada do Colégio Militar num internato/externato misto e à construção de infraestruturas de internato feminino no Colégio Militar”.

A fusão do Colégio Militar com o Instituto de Odivelas é o ponto mais criticado pelos subscritores da carta, que acusam o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, de ceder à “enorme pressão da atual situação financeira do nosso país” e “a concretizar um conjunto de mudanças no funcionamento e oferta educativa do Colégio Militar” sem que haja “suficiente atenção a esta diferenciação intrínseca”.

“Transformar, em dois anos, um projeto educativo com 210 anos baseado em internato masculino num internato e externato, masculino e feminino, é uma decisão que, com enorme ligeireza, descarateriza totalmente o conceito educativo do Colégio Militar”, acusam os subscritores, referindo que o projeto “descaracteriza totalmente o conceito educativo do Colégio Militar”.

A carta foi escrita pela Associação de Antigos Alunos do Colégio Militar e assinada, para além de Ramalho Eanes, por Marçal Grilo, o ex-ministro da Educação que coordena a comissão para a Reestruturação dos Estabelecimentos Militares de Ensino, criada por Aguiar Branco

Os ex-ministros Adriano Moreira, Bagão Félix, Campos e Cunha, Medina Carreira, Roberto Carneiro, Rui Machete e Veiga Simão e dez generais (como Rocha Vieira, Loureiro dos Santos e Garcia Leandro) também assinaram a missiva, entre outras personalidades dos campos civil e militar.

Redação

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