Durão Barroso, antigo primeiro-ministro de Portugal e atual presidente da Comissão Europeia (CE), reconhece que o país enfrenta uma “verdadeira emergência social”, pelo que é “fundamental gerir os custos da contração económica”. Contudo, adiantou que a CE “está disposta a analisar as trajetórias de cumprimento dos programas e a fazer os ajustamentos e calibragens que se revelem necessários de forma a minimizar os custos sociais”.
Lembrando que “não é possível, em simultâneo, defender crescimento e um orçamento que o limite”, Durão Barroso exigiu aos líderes europeus para adotarem políticas económicas “verdadeiramente coordenadas”, pois a atual união monetária não passa de “um navio preparado para o bom tempo que se revelou demasiado frágil quando veio a tempestade”.
Apesar dessa falta de coordenação, o presidente da CE considera que não se pode responsabilizar a União Europeia pela atual crise financeira dos estados-membros: só por “algum desconhecimento” e “desonestidade intelectual”, acusou. A verdade, para Durão Barroso, é que a crise apenas revelou as “sérias deficiências” de uma “construção imperfeita”, nomeadamente a “arquitetura da união económica e monetária”.
Barco na tempestade
A comparação naval também foi utilizada por Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, para caraterizar a União Europeia: “a resposta que está a ser dada neste momento na Europa vai no sentido de resolver estas insuficiências. Estamos a construir um navio de maior porte no meio da tempestade e acho que todos concordarão que não é fácil construir um navio a meio da tempestade”.
Uma “tempestade” que obrigou o Eurogrupo a melhorar as condições do resgate da Grécia, recusando que esse alívio fosse estendido a outros países aflitos, como Portugal e Irlanda. O cenário, porém, ainda pode ocorrer, disse Paulo Portas: “o que é do interesse de Portugal é saber verificar e, se necessário, no momento certo, invocar a regra segundo a qual situações institucionais semelhantes merecem às vezes alterações que são potenciadoras da forma como se vive o processo de ajustamento, se acelera o regresso aos mercados ou se melhora a expectativa de crescimento económico”.
As comparações, defendeu o ministro, devem ser feitas entre os contextos institucionais e não por divisões geográficas, como comparando Portugal com outros países com “processos de ajustamento mais difíceis”. “A Europa ou é coesa ou o preconceito perde-a e divide-a”, realçou Paulo Portas.
Quer o ministro, quer Durão Barroso falaram da situação portuguesa e da União Europeia no âmbito do Seminário Diplomático, que decorreu na Fundação Champalimaud, em Lisboa.
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