Doodle evoca 272º aniversário de Olaudah Equiano

O Google destaca com o doodle de hoje o 272.º aniversário de Olaudah Equiano, também conhecido como Gustavus Vassa. Nascido escravo, em África, tornou-se num homem livre e viveu em Londres a defender o fim do comércio de escravos.

Olaudah Equiano é uma das principais figuras do antiesclavagismo.

Como escravo, não teve direito a dia de nascimento. Sabe-se apenas que terá nascido por volta de 1745, algures por Essaka, na Nigéria.

Quando tinha 11 anos, foi raptado por um grupo de comerciantes de escravos, a par da irmã. Separado da família, Gustavus Vassa foi conhecendo vários donos.

Com mais de 244 escravos africanos, foi levado para Barbados, no outro lado do oceano Atlântico. Em Virgínia, uma colónia britânica, foi comprado por um militar, Michael Pascal. Foi este quem o renomeou como Gustavus Vassa, depois de já ter sido Michael e Jacob.

O tenente regressou a Inglaterra para a Guerra dos Sete Anos com a França, levando o escravo como auxiliar. O empenho na guerra de Gustavus Vassa fez com que fosse premiado com uma autorização para estudar, aprendendo a ler e a escrever.

Gustavus Vassa, entretanto convertido ao cristianismo, foi batizado na Igreja de Santa Margarida, em Westminster, em fevereiro de 1759.

Foi depois vendido a James Doran, tendo regressado ao Caribe, onde foi vendido a Robert King, um comerciante norte-americano.

O bom trabalho do escravo no registo das rotas comerciais e dos balanços levou o dono a prometer-lhe a liberdade por 40 libras (cerca de 6750 euros, se fosse este ano).

Robert King estimulou Gustavus Vassa a melhorar a escrita e a desenvolver a prática comercial, vendendo fruta pelas ilhas do Caribe.

E, em 1767, Olaudah Equiano conseguiu comprar a própria liberdade.

Regressado a Inglaterra, onde desempenhou vários ofícios, Equiano empenhou-se no ativismo contra o esclavagismo.

Em 1789, publicou a autobiografia ‘A interessante narrativa da vida de Olaudah Equiano, ou Gustavus Vassa, o Africano’.

Para além de um testemunho intenso do esclavagismo, o livro é também uma das primeiras obras publicadas por um africano.

Homem livre, Olaudah Equiano morreu em Middlesex, a 31 de março de 1797.

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