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“Dignidade dos portugueses”: Governo lamenta opiniões “infelizes” de Juncker

Primeiro, o presidente da Comissão Europeia pediu desculpa. “Pecámos contra a dignidade dos cidadãos de Portugal”, afirmou Juncker. Depois, o Governo reagiu. “Nunca a dignidade de Portugal foi beliscada”, garantiu Marques Guedes. De seguida, António Costa: “A declaração é sábia”.

O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, abriu uma guerra política envolvendo a troika e os portugueses. Tudo começou quando o luxemburguês admitiu que os excessos de austeridade penalizaram alguns países, incluindo Portugal.

“Pecámos contra a dignidade dos cidadãos na Grécia, Portugal e muitas vezes na Irlanda também”, reconheceu Juncker.

“O programa da troika, imposto nomeadamente a Portugal, é um programa bastante duro, cuja dureza tinha a ver com a situação extremamente difícil em que o país se encontrava”, acrescentou.

Embora o presidente da CE tenha corrigido o rumo da intervenção quase de seguida, lembrando que “Portugal conseguiu, através da credibilidade e confiança que granjeou, ir fazendo correções ao próprio programa, em termos de metas e objetivos”, já não foi a tempo de evitar a polémica.

O reconhecimento, por parte de um dos representantes máximos da União Europeia, de que a troika “pecou contra a dignidade” dos portugueses (e de gregos e irlandeses) obrigou o Governo a reagir.

“Nunca a dignidade dos portugueses foi beliscada”, afirmou o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Marques Guedes, logo após o Conselho de Ministros.

“Acho, manifestamente, que é uma declaração bastante infeliz do presidente da Comissão Europeia, porque nunca a dignidade de Portugal nem dos portugueses foi beliscada, pela troika ou qualquer das suas instituições”, insistiu o governante: “Só posso classificá-la como declaração infeliz”.

Marques Guedes admitiu que as metas e os objetivos “eram manifestamente desajustados porque tinham sido mal negociados de início”, mas lembrou que coube ao país reagir: “Cumprimos e Portugal conseguiu sair da situação difícil e merecer a confiança dos parceiros europeus”.

A declaração de Juncker foi de imediato aproveitada pela oposição, em especial pelo candidato do PS nas próximas legislativas, António Costa.

“A declaração do presidente Juncker é sábia e espero que seja bem escutada e compreendida pelos diferentes Governos, que têm aqui uma grande oportunidade de uma vez por todas, de travarem este caminho para o precipício, de assumirmos de uma vez por todas que há um problema na Europa que não é um exclusivamente grego e que é tem de ser resolvido de uma forma solidária”, afirmou o secretário-geral.

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