A campanha eleitoral espanhola foi hoje marcada por um deslize do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, que concordou que o Governo controla o Ministério Público que por sua vez pediu a extradição do independentista catalão fugido Carles Puigdemont.
Os separatistas catalães, entre eles o presidente do Governo regional, Quim Torra, denunciaram imediatamente a falta de independência dos magistrados e a falta de separação de poderes em Espanha, considerando que se trata da continuação “do escândalo permanente em que vive instalado o Estado herdeiro do franquismo”.
O primeiro-ministro do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) sublinhou em entrevista a uma rádio esta manhã que o Governo espanhol estava a envidar todos os esforços para responsabilizar Puigdemont perante a justiça e salientou que foi o Ministério Público que solicitou a ativação do mandado de captura europeu.
Como prova de que o executivo está a fazer tudo para trazer Puigdemont para Espanha para ser julgado, lançou uma pergunta retórica: “De quem depende a magistratura?
O jornalista respondeu “depende do Governo” e Sánchez concordou.
A meio da tarde, Pedro Sánchez tentou corrigir o deslize inicial, assegurando que a magistratura do Estado conta “com todo o apoio do Governo” na defesa das leis e do interesse geral.
Entretanto as associações de magistrados já tinham manifestado o seu “profundo mal-estar” pelas palavras de Sánchez, deixando claro o que o Ministério Público “não recebe ordens” do Governo.
A quatro dias das eleições legislativas de domingo, o presidente do PP (Partido Popular, direita), o maior partido da oposição, Pablo Casado, apoiou o que considerou ser a “indignação lógica” dos magistrados.
Por seu lado, o líder do Cidadãos (direita liberal), Albert Rivera, acusou o candidato socialista de “deitar por terra” o trabalho independente de juízes e magistrados, assegurando que ele nunca lhes irá dizer “como têm de atuar”.
O secretário-geral do Unidas Podemos (extrema-esquerda), Pablo Iglesias, criticou Pedro Sánchez por ter prometido trazer para Espanha o ex-presidente do Governo regional da Catalunha comprometendo a “separação de poderes” políticos e judiciais, que vigora na União Europeia.
“Como é que ele quer fazer isso? Num helicóptero, com forças especiais?”, perguntou o líder do Podemos, apelando a que o PSOE apresente medidas económicas e sociais, em vez de “encorajar o medo”.
O Tribunal Supremo espanhol voltou a emitir em 14 de outubro último um mandado europeu de detenção contra Carles Puigdemont, fugido na Bélgica desde finais de outubro de 2017, depois da tentativa de independência da Catalunha.
A Justiça tomou essa decisão depois de o Supremo ter decretado condenado 12 políticos catalães envolvidos na tentativa de autodeterminação.
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