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DECO conclui que Linha do Oeste “não presta serviço público de qualidade”

“A Linha do Oeste continua sujeita a atrasos, cancelamentos e supressão de comboios, provocada pela falta de material circulante e falta de meios humanos”, refere a DECO na informação hoje divulgada.

Na sequência de várias queixas dos passageiros, a Associação de Defesa do Consumidor visitou estações e apeadeiros da Linha do Oeste e desenvolveu um estudo baseado nos problemas que detetou junto do serviço e dos passageiros.

Segundo a DECO, os “passageiros estão constantemente sujeitos à incerteza de haver ou não haver comboio”.

Por outro lado, não possuem “qualquer informação, uma vez que a grande maioria das estações e apeadeiros se encontram encerrados não têm pessoal e é inexistente qualquer serviço eletrónico de indicação dos horários ou alterações”.

Estes problemas, é referido, “não podem continuar a ser meros constrangimentos na vida dos passageiros”.

A Associação de Defesa do Consumidor defende, por isso, a modernização integral de toda a linha, substituição do material circulante e reabilitação e reabertura de estações e apeadeiros, reforçando o pessoal, adaptando os espaços a pessoas com mobilidade reduzida e instalando sistemas de informação eletrónica de horários e de alterações no serviço.

Em julho, a empresa Infraestruturas de Portugal (IP) lançou um concurso de 68,5 milhões de euros para a modernização da Linha do Oeste entre Sintra e Torres Vedras, com um prazo de execução de dois anos, a contar a partir da sua consignação, estando a decorrer o prazo para apresentação de propostas, informou hoje fonte oficial da IP.

A empreitada engloba a eletrificação do troço ferroviário entre Mira Sintra-Meleças (Sintra) e Torres Vedras e a ligação à subestação de Runa, a construção de dois troços de via dupla e a supressão, a reclassificação e a automatização de passagens de nível.

Está ainda prevista a construção de desnivelamentos superiores e inferiores ao caminho-de-ferro, uma intervenção pontual em cinco estações e seis apeadeiros, a instalação do sistema de retorno de corrente de tração e de terras de proteção, a renovação pontual e a retificação do traçado de via, entre outras intervenções de modernização da via férrea.

Aguardado há décadas e várias vezes adiado, o projeto de modernização da linha centenária está orçado num total de 112,4 milhões de euros e prevê uma segunda empreitada entre Torres Vedras-Caldas da Rainha, que a IP estima lançar a concurso até ao final deste ano.

O projeto incide em 87 dos 200 quilómetros da Linha do Oeste, englobando a eletrificação e duplicação da via, a retificação de curvas, a criação de variantes ao traçado atual, a supressão de passagens de nível e a sua substituição por passagens superiores ou inferiores à linha férrea, e a instalação de sinalização nas estações e apeadeiros.

A empreitada total é em grande parte financiada por fundos comunitários e atravessa os concelhos de Sintra, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras, Cadaval (distrito de Lisboa), Bombarral, Óbidos e Caldas da Rainha (Leiria).

Lusa

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